Os bancários de Brasília estão em greve por tempo indeterminado.
A categoria está em Campanha Nacional (a data-base é 1º de setembro), mas após sete rodadas de negociação, os bancos propuseram um reajuste que não contempla as reivindicações dos trabalhadores, e ainda chegaram ao absurdo de tentar cortar direitos, como vale-transporte, auxílio-creche e garantia de estabilidade para os empregados que estão prestes a se aposentar.
NÃO PODEMOS PERMITIR ISSO!
Também não houve acordo na discussão sobre as cláusulas de saúde no trabalho, segurança para os bancários e clientes, igualdade de oportunidades, e fim das metas abusivas, que sobrecarregam os empregados, e muitas vezes impõem procedimentos que ferem o direito do consumidor.
Só para você ter uma idéia, os bancos, juntos, tiveram lucro líquido de R$ 41,5 bilhões em 2007, e R$ 31,5 bilhões só no primeiro semestre de 2008. Ou seja, têm dinheiro no caixa para atender o que os bancários reivindicam: aumento real de 5%, mais reposição da inflação; aumento dos pisos salariais; mais contratações e melhores empregos; melhor qualidade de vida e respeito à jornada legal de 06 horas, entre outros itens.
Além disso, as metas abusivas impostas pelos banqueiros têm ocasionado alarmante índice de assédio moral e adoecimento na categoria, além de muitas vezes ferir frontalmente o direito do consumidor, com operações, produtos e taxas que não são solicitadas de livre vontade.
Também reivindicamos redução dos juros, isenção e disciplinamento das tarifas e taxas cobradas de modo abusivo, ampliação do atendimento ao público das 9h às 17h, fim das filas.
Defendemos que os bancos públicos cumpram o seu papel fundamental de crédito para o desenvolvimento com distribuição de renda, com serviços voltados para os interesses da maioria do povo brasileiro. Os bancos privados devem sofrer regulação mais rígida do Banco Central e do poder público, para cumprir com suas obrigações econômicas e sociais, evitando as distorções da busca do lucro pelo lucro.
Pedimos a compreensão e o apoio dos consumidores dos serviços bancários, lamentando que a cobiça e a intransigência dos bancos possam vir a causar transtornos no atendimento.
Sindicato dos Bancários de Brasília
