No Dia da Mulher, Sindicato cobra igualdade de oportunidades

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No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira (8), o Sindicato rende homenagens a todas as mulheres de Brasília, em especial às bancárias, enaltecendo seu papel atuante na sociedade, seja na vida profissional, política ou familiar, além de sua incansável luta contestando e revertendo preconceitos e limitações que lhes são impostas.

Para o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, essa data é importante para exaltar as qualidades das mulheres, mas também é um momento para refletir sobre as desigualdades que ainda persistem entre homem e mulher, principalmente nos bancos. Como exemplo, ele cita a ascensão feminina nos cargos de alta gerência nos bancos, tema recorrente nos debates promovidos pela entidade.

“O movimento sindical é incansável na busca de uma sociedade justa e igualitária para as trabalhadoras. As mulheres ainda têm muitas razões para continuar lutando. E vamos prosseguir, junto com as bancárias, em busca de mais conquistas”, assegura Araújo, lembrando um dos avanços do Sindicato que é o percentual de 40% de mulheres compondo sua direção.

Para a secretária de Mulheres do Sindicato, Helenilda Cândido, “para além das comemorações, o 8 de Março deve ser lembrado como um dia de luta por avanços que de fato equilibrem as condições entre homens e mulheres numa sociedade marcada pela hegemonia masculina”.

“Todas as mulheres são merecedoras de homenagens. Nós lutamos muito para conquistar o pouco que conseguimos até agora, mas prosseguimos firmes em busca de nossos direitos. Nada vem de graça, e precisamos honrar nossas antecessoras”, enfatiza a diretora do Sindicato Teresa Cristina, que também é funcionária do Banco do Brasil.

“Avante, mulheres guerreiras!”, conclama Louraci Morais, diretora do Sindicato e bancária do Itaú, assegurando: “estamos na luta para acabar com qualquer discriminação e violência contra as mulheres, em especial entre as nossas colegas bancárias”.

“Todo dia é dia da mulher, que é mãe, esposa, avó, companheira, amiga, trabalhadora e que reivindica os seus direitos”, observa Marlene Dias, presidente da Associação dos Economiários Aposentados de Brasília (AEA/DF) e diretora da Fetec-CUT/CN. E complementa: “Parabéns, mulheres batalhadoras!”.

Greve das operárias

A data 8 de março – Dia Internacional da Mulher – não foi escolhida ao acaso. Em 1857, nesse dia, operárias de uma fábrica nova-iorquina entraram em greve para reivindicar a redução da carga horária de trabalho. A luta por igualdade de gênero — já que elas trabalhavam o mesmo tempo que os homens e recebiam menos de um terço do salário deles — fez com que essas mulheres fossem trancadas na fábrica e logo em seguida fosse provocado um incêndio, que matou 130 delas.

Cinquenta e três anos após essa tragédia, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem a essas mulheres, comemorar no dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília