Negociações na Caixa continuam em impasse

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A terceira rodada de negociação entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, assessorada pela

CEE, e a Caixa Econômica Federal, realizada nesta quarta-feira 20, terminou sem avanços.

 
A terceira rodada de negociação entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção da Caixa Econômica Federal, realizada nesta quarta-feira 20, terminou sem contrapropostas para praticamente nenhuma das reivindicações dos funcionários e as negociações permanecem no impasse.

Os bancários cobraram do banco respostas para os itens considerados prioritários nesta Campanha Nacional – dentre os quais a extensão dos auxílios alimentação e refeição para os aposentados, novo PCS/PCC, cumprimento da jornada de seis horas e a retomada das promoções por merecimento -, mas o banco afirma não ter definição sobre nenhum dos temas.

Os representantes dos trabalhadores cobraram ainda a reivindicação sobre a PLR, mas a Caixa informou que não tem nenhuma posição sobre isso e que vai esperar o fim das negociações com a Fenaban para estudar a possibilidade de pagar a PLR além da Convenção Coletiva. Isonomia entre os novos e antigos empregados também entrou na pauta, reivindicação que o banco também não mostrou vontade de atender.

“Sem dúvida alguma a Caixa está apostando no impasse como mecanismo de negociação, assim como a Fenaban. Isso só aumenta a importância e a necessidade de os bancários fazerem mobilizações cada vez mais fortes e a greve do dia 26”, destacou o diretor do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados, Jair Pedro Ferreira. “A direção da Caixa está na contramão do Banco do Brasil, que já começou a dar respostas para as reivindicações dos seus funcionários”, emendou Enilson da Silva, secretário-geral do Sindicato.

À CEE a Caixa apresentou apenas algumas mudanças, como a que prevê o pagamento para os caixas de retpv do mesmo valor de comissão que a Fenaban paga para o caixa executivo. Também a que estabelece o piso de mercado para os TA1, que é o menor dos níveis técnicos, em R$ 1.450.

O banco também propôs a criação de uma mesa temática para discutir a questão dos avaliadores de penhor. Segundo a Caixa, há uma proposta em curso sobre o assunto, com base num estudo avançado, que depende de parecer de algumas instâncias do banco para sua implantação.

Sobre a previdência complementar, o banco disse que aguarda o final do prazo de adesão ao Saldamento e ao Novo Plano para ter uma idéia sobre o impacto das alterações para os cargos de arquitetos, engenheiros e outros profissionais.

A Caixa apresentou ainda proposta para a extinção do cargo de gerente júnior, com a incorporação desses empregados aos atuais cargos de gerentes de relacionamento ou de atendimento, conforme o caso.