Negociações com os bancos começam na terça-feira 9

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Fechada a pauta geral de reivindicações pelos 633 delegados e delegadas que participaram da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo, terão início a partir da próxima semana as negociações com os bancos, dentro da Campanha Nacional 2016, que este ano tem como mote Só a Luta te Garante.

Na terça-feira (9), os representantes dos trabalhadores entregam à Fenaban e à direção da Caixa Econômica Federal as respectivas minutas. Com o Banco do Brasil a reunião está marcada para a quinta-feira (11). Está mantido o formato de Campanha Nacional Unificada entre bancários de bancos públicos e privados, com realização de mesa única de negociação com a Fenaban e mesas concomitantes com BB e Caixa para as demandas específicas.  

Fenaban

Em relação à pauta geral, os bancários reivindicam reajuste de 14,78%, o que representa aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%, PLR de três salários mais parcela fixa adicional, piso de R$ 3.940,24 (Dieese) e vales alimentação, refeição e 13ª cesta de R$ 880.  Também vão lutar por mais contratações, mais segurança, combate ao assédio moral e igualdade de oportunidades.

Caixa

Na Caixa, os empregados defendem o banco 100% público e o fim da reestruturação, adoção de jornada de 6h para todas as funções, isonomia entre novos e antigos empregados, melhores condições de trabalho e políticas de promoção da saúde do trabalhador.

Para os casos de reestruturação, a Caixa, pelas reivindicações, deve agir com transparência junto à Comissão Executiva dos Empregados, realizando debates prévios e objetivos sobre as mudanças em pauta. 

Quanto à jornada e ao Sipon, os trabalhadores querem o pagamento obrigatório das horas extras, com acréscimo de 100% da hora normal, adoção de jornada de 6 horas para todas as funções, extinção da jornada indeterminada e proibição do trabalho em dias de descanso remunerado.

Também está na pauta da Caixa isonomia de direitos entre novos e antigos empregados, licença prêmio e anuênio.

Melhores condições de trabalho, principalmente nas questões relativas a segurança bancária e infraestrutura das unidades, além do fim da terceirização e do Caixa Minuto também constituem a minuta.

Os empregados vão reivindicar ainda o fim do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), combate ao assédio moral e sexual, melhoria no atendimento do Saúde Caixa, além de medidas de prevenção da saúde do trabalhador.

Na Funcef, a luta é pela extinção do voto de minerva em todas as instâncias da Fundação e incorporação do REB ao Novo Plano.

Pauta no Banco do Brasil

Já o funcionalismo do BB definiu como prioridades para a Campanha Nacional 2016 a unidade e a resistência em defesa dos bancos públicos. 

Em relação à remuneração, os bancários da instituição reivindicam PCR com interstícios de 6% na tabela de antiguidade e mérito, com piso do Dieese, visando também recompor as perdas de FHC. 

Veja mais reivindicações dos bancários do BB:

-Defesa do banco público, contra a privatização

-Jornada de seis horas para todos, sem redução de salário

-Vale alimentação e refeição na licença saúde e maternidade

-Não constar nenhum registro no ponto eletrônico sobre falta de greve

-Fim do desvio de função, pagamento das substituições

-Critérios transparentes e objetivos de ascensão profissional

-Mais contratações 

-Redução para 10 anos do prazo de elegibilidade no Previ Futuro

-Prazo amplo para utilização de folgas adquiridas

-Isonomia: licença prêmio e férias de 35 dias para os pós-98

-Fim dos problemas decorrentes da implantação do modelo BB Digital

-Melhoria das condições de trabalho nas PSOs

-Fim dos descomissionamentos imotivados (fim do ato de gestão)

-Pagamento de 7ª e 8ª horas 

-Maior prazo para cumprimento de horas negativas

-Manutenção de remuneração e praça dos trabalhadores em caso de reestruturações

-Comitês de ética paritários

-Fim da imposição de metas e combate ao assédio moral

-Reivindicações específicas para o Sesmt e Ouvidoria

Cassi e Previ

Os bancários reivindicam mais autonomia na estrutura do Sesmt e implantação na Cassi do modelo de assistência integral à saúde. Na Previ, a luta é pela manutenção da participação de associados na gestão, ameaçada pelo PLP 268, pelo fim do voto de minerva, melhoria dos benefícios para os participantes, redução das taxas de carregamento e administração e contribuição 2B a todos , inclusive incorporados.

BRB

Os bancários do BRB debatem suas demandas e definem sua pauta específica de reivindicações em seminário na próxima sexta-feira (12).

Renato Alves
Do Seeb Brasília