Negociações com o BRB precisam avançar

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Do lado esquerdo, os diretores do Sindicato André Nepomuceno, Antonio Eustáquio e Kleytton Morais. À direita, na ponta da mesa, Maria Aparecida, diretora do Sindicato. Em primeiro plano, do lado direito, o presidente da comissão do banco, Jacques Alberto de Oliveira

Na segunda rodada de negociação com os representantes do BRB, ocorrida nesta quinta-feira 18, o Sindicato solicitou ao banco resposta quanto à pauta de reivindicações, apresentada no dia 20 de agosto. O presidente da comissão do banco, Jacques Alberto de Oliveira, disse que na próxima rodada, a ser realizada na quinta 25, teria condição de trazer aspectos objetivos para a mesa de negociação.

De imediato, é conquista positiva, além de inédita, o BRB aceitar o compromisso em seguir o que for acordado na mesa nacional de negociação dos bancários com a Fenaban, envolvendo o índice de reajuste salarial e aumento real, bem como seus reflexos em todas as verbas.

Também é positiva a prorrogação da íntegra do atual acordo coletivo de trabalho (2007/2008) até a redação de novo ACT.

O Sindicato pleiteou a ampliação do acesso à comunicação sindical com os bancários e bancárias do BRB, com acesso ao conjunto dos correios eletrônicos corporativos e disponibilização do acesso ao sítio eletrônico da entidade (www.bancariosdf.com.br) nas unidades de trabalho.

A comissão do banco respondeu que já tinha consultado a diretoria, que, em colegiado teria se manifestado contrária quanto ao acesso aos e-mails institucionais.

“Essa postura é atrasada, se considerada uma perspectiva democrática de prática sindical. O Sindicato reitera a reivindicação, cuja finalidade é agilizar e universalizar a comunicação de assuntos do interesse dos funcionários”, ressalta André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato e funcionário do BRB.

Durante a negociação, o Sindicato enfatizou ainda a necessidade e oportunidade de garantia de emprego, tanto no geral, em vista da possível incorporação pelo Banco do Brasil, quanto no específico, equiparando para os novos funcionários (admitidos a partir de 2000), a cláusula que prevê demissão somente via processo administrativo, garantida ampla defesa.

“Também reiteramos participação expressa nos fóruns de negociação da referida incorporação, com a premissa de garantia dos empregos, salários e direitos, e que o BRB, o GDF e o BB exponham formalmente e de público esse compromisso”, afirma Antonio Eustáquio, secretário de Imprensa e funcionário do BRB.

O banco ficou de analisar e trazer posição sobre o assunto.

Os diretores do Sindicato reforçaram as reivindicações de mais contratações de novos funcionários; de comissionamento por seleção interna com critérios objetivos e regidos pelo mérito e transparência; de ampliação e melhoria do auxílio educação/qualificação. Cobraram ainda a instalação imediata da comissão paritária encarregada de discutir a revisão imediata do PCS, cujos parâmetros principais são: incorporação da tabela do PPR e criação da função de “assistente de negócios” para os PA’s.

O BRB reafirmou o atendimento da reivindicação de mais contratações, com duas turmas já agendadas para tomar posse, e o compromisso de preencher, na seqüência, as vagas previstas por necessidade do serviço e as surgidas por rotatividade.

Quanto aos demais itens, os representantes disseram que há iniciativas em andamento, mas o Sindicato reiterou querer acompanhar, de modo paritário, o real andamento do que está previsto e do que os funcionários julgam como melhorias a serem implementadas, especialmente no que se refere às iniciativas voltadas para o aperfeiçoamento do Programa de Qualificação/Educação.

O banco ficou de trazer mais informação e respostas objetivas quanto a esses itens, que completam o que foi tratado de principal nesta rodada.

“É hora de aumentar a atenção e a participação tanto na campanha nacional dos bancários, quanto na evolução da mesa específica de negociação com o BRB, pois, apesar de aspectos positivos assinalados nesta segunda rodada, há muito o que avançar em demandas já pendentes por tempo demasiado. A mobilização de todos é fundamental para avançar nas conquistas e garantias, e cobrar da diretoria do banco que diga, efetivamente, a que veio”, diz André Nepomuceno.

Assinado acordo do PPR

O BRB apresentou ao Sindicato a redação final do termo aditivo do Programa de Participação nos Resultados (PPR) do primeiro semestre, que foi assinado nesta quinta-feira 18. Quanto ao termo aditivo referente ao segundo semestre, o Sindicato disse ao banco que é hora de negociar mais, pois há fatores novos que suscitam maior questionamento pelos funcionários, como: negativa pelo BRB em estender o reajuste salarial retroativo a setembro de 2008 aos tetos das tabelas; o estabelecimento unilateral, e no meio do processo, de metas excessivas, várias delas inatingíveis; a contemplação da nova FG criada para a direção geral, entre outras.

“Isso, somado ao fato de o banco expressar querer discutir a PLR, demonstra que temos de lutar por um programa factível e mais justo de remuneração variável, sem retrocessos e sem imposições de abuso de metas e de poder, o que, infelizmente, continua a ocorrer no banco.”, destaca Antonio Eustáquio.

Outros itens

Na negociação, o Sindicato também cobrou informações sobre processos de comissionamento e a situação dos funcionários em licença-saúde com alta programada pelo INSS. O banco deu a seguinte resposta:

Comissionamento

Em breve, será informado pelo Degep norma disciplinando o processo de comissionamento, norma essa que contemplará princípios democráticos e meritocráticos para acesso.

Com relação aos funcionários que hoje ocupam funções interinamente, cabe ao gerente imediato solictar a efetivação destes. As informações são da Surad.

Afastados por motivos de saúde

O banco ficou de apresentar uma proposta espelhada na prática do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, que contemple o pagamento para aqueles funcionários em licença de saúde, mas que receberam alta do INSS. A medida deve vigorar até que se resolva a questão jurídica encaminhada contra o INSS em função da alta mesmo com a constatação de que o trabalhador se encontra inapto para voltar ao trabalho.

"É correta a postura do banco por meio de sua área de saúde do trabalho, de não permitir que os licenciados retornem sem condições de trabalhar. Entendemos que, além disso, o banco pode e deve assumir a responsabilidade de não deixar esses companheiros e companheiras sem o seu salário, ainda mais neste momento de fragilidade ", observa Kleytton Morais, secretário de Formação do Sindicato. 

Mobilização
O BRB vive um momento decisivo, por isso é fundamental intensificar a mobilização na campanha nacional e na campanha em defesa do banco. Participem dos atos, manifestações e assembléias realizadas pelo Sindicato. Unidos somos mais fortes.

Coletivo do BRB / Sindicato dos Bancários de Brasília