Negociação na Caixa debate unificação das carreiras

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A primeira rodada de negociação entre a Contraf/CUT, a CEE/Caixa e a Caixa Econômica, após a Campanha Salarial, debateu sobre os critérios para implementação da tabela salarial das carreiras profissionais dos PCSs de 1989 e de 1998, conforme proposta apresentada pela empresa em reunião ocorrida no último dia 17 de outubro.

A primeira rodada de negociação entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e a Caixa Econômica, após a Campanha Salarial, debateu sobre os critérios para implementação da tabela salarial das carreiras profissionais dos PCSs de 1989 e de 1998, conforme proposta apresentada pela empresa em reunião ocorrida no último dia 17 de outubro.

Os representantes dos empregados apresentaram diversos itens debatidos pelos profissionais e encaminhados pelas entidades sindicais e associativas de todo o país, com o objetivo de melhorar a proposta da empresa. A Caixa ficou de apresentar posição na próxima segunda-feira, dia 13 de novembro.

Não houve consenso em relação à retirada das ações trabalhistas como condição para implementar a nova tabela, conforme sugere a Caixa. Os representantes dos bancários deixaram claro que só admitem negociar as ações cujo objeto seja o enquadramento na tabela e, sob nenhuma hipótese, aceitam negociar ações sobre outros temas, sobretudo as que se referem à jornada de trabalho. O entendimento é de que a nova tabela não resolve o problema da jornada e, em decorrência disso, não há motivos para discutir a retirada dessas ações. Será encaminhada à diretoria da empresa a reivindicação de compensação financeira para quem retirar ação judicial.

A Caixa, por outro lado, não concorda com a correção da tabela com os reajustes salariais de 2004 e 2005 e com a não vinculação à adesão ao Novo Plano da Funcef. A pedido da Contraf/CUT – CEE/Caixa, a Comissão de Negociação da Caixa irá encaminhar à diretoria da empresa a demanda por promoção horizontal de júnior para pleno e de pleno para sênior para todos os profissionais que já tenham os pré-requisitos antes do enquadramento da nova tabela. A proposta prevê ainda, levando-se em conta que a nova tabela cria mais referências do que existe hoje, que os empregados que se encontram no topo da carreira há alguns anos sejam enquadrados em um nível mais elevado.

A Caixa concordou em discutir com os representantes dos empregados os critérios de avaliação para as promoções por merecimento. Para isso foi agendada reunião para o dia 29 de novembro, em Brasília, devendo na ocasião serem debatidos ainda os critérios para promoção da carreira técnica e de assessoramento e dos avaliadores de penhor. A Contraf/CUT e a CEE/Caixa reafirmaram a reivindicação de que seja retomado o processo de promoção por merecimento para todos os empregados.

No que se refere às Giris, Gises e às Rerhis, a Caixa informou que a discussão sobre uma nova proposta está em andamento, com possibilidade de solução rápida para as três áreas. Os empregados dessas áreas ficaram frustrados depois que a empresa retirou da pauta do Conselho Diretor o voto sobre a remodelagem das filiais. Foi aceita a solicitação de mudança de nome de duas funções das RetPVs. Com isso os supervisores passam a ser chamados de gerentes de RetPVs e os tesoureiros serão denominados técnicos de operações de retaguarda.

Saúde/Caixa

O processo de licitação para o processamento do Saúde/Caixa está concluído. Foi vencido pela Datamec, empresa que prestava serviço antes dos problemas decorrentes da renovação do contrato. A expectativa, agora, é de que haja maior agilidade na atualização dos procedimentos com o Saúde/Caixa, haja vista que a Datamec já detém o domínio sobre a inteligência do sistema.

Isonomia

A Contraf/CUT e a CEE/Caixa entregaram à Comissão de Negociação da empresa cópias dos abaixo-assinados em defesa do projeto de lei nº 6.259/05, de autoria dos deputados federais Inácio Arruda (PCdo B-CE) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), que dispõe sobre a isonomia salarial para todos os trabalhadores dos bancos públicos federias (Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia). Em todo o país, foram colhidas 5.200 assinaturas. O projeto dos dois parlamentares tramita no Congresso Nacional. A isonomia entre empregados novos e antigos é um dos itens prioritários pautados para a mesa de negociações permanentes no âmbito da Caixa.

Com informações da Fenae Net