Música e protesto marcam celebração dos 160 anos da Caixa

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Mesmo sob chuva, o edifício Matriz I foi palco, mais uma vez, de grande ato em defesa da Caixa e dos seus empregados. Nesta terça-feira (12), a empresa completou 160 anos a serviço do povo brasileiro e a festa celebrou o DNA social que constitui uma das maiores instituições públicas do país. A comemoração contou com apresentação do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Capela Imperial de Taguatinga.

A atividade foi realizada pelo Sindicato em parceria com a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e contou com a participação de empregados e empregadas. Paralelamente, os empregados também fizeram um protesto virtual, promovendo um tuitaço que durou cerca de 1 hora.

Durante a celebração, representantes dos trabalhadores lembraram que a história da Caixa se confunde com a história do Brasil, um dos grandes motivos para lutar pela manutenção da empresa 100% pública e a serviço do povo brasileiro. A manifestação de aniversário também carrega como bandeiras importantes para o ano o combate às metas desumanas e o respeito aos empregados.

Coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária-geral do Sindicato, Fabiana Uehara mediou as intervenções e aproveitou a apresentação artística da Capela Imperial “para fazer uma limpeza das energias de privatização e do governo que desmonta o Estado, que circulam o prédio”. Fabiana reiterou o pedido de respeito aos bancários, que fazem com que a Caixa continue atuando para reduzir as desigualdades nos rincões do país.

De acordo com Rafaella Gomes, diretora do Sindicato, “sal grosso contra o olho gordo da privatização é simbólico, pois a única forma de defender a Caixa é com a mobilização dos empregados e da sociedade”.

Leny Valadão, diretora do Sindicato, pontua que, “completando 160 anos, a Caixa é maior que a conjuntura política que a gente vive, do que os privatistas que estão no governo e do que os golpistas que estão no governo e na direção da empresa”.

“A Caixa é um dos maiores agentes de políticas públicas do Brasil e tem um papel libertador que vai além da questão financeira. Há 160 anos, foi criada também a poupança que foi usada por muitas pessoas escravizadas para conquistar a liberdade”, frisa Elis Regina, secretária de Bancos Públicos da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

José Herculano, o Bala, é empregado aposentado pela Caixa, ex-diretor do Sindicato e diretor da região Centro Oeste pela Fenae. No ato, Bala aproveitou para dar os parabéns à empresa centenária e aos empregados e deixou um recado: “Pedro Guimarães, o senhor não vai nos calar. Não adianta ameaçar as entidades representativas porque não iremos baixar a cabeça como o senhor deseja. Já estivemos aqui na porta do Matriz I várias vezes e muitas mais estaremos para defender a Caixa”.

Para Antonio Abdan, secretário de Relações com a Comunidade do Sindicato, “estamos celebrando os 160 anos de uma empresa que é um marco na luta contra a desigualdade social. A existência da Caixa é de suma importância e só o é por ser uma empresa pública, do povo e para o povo”.

O ato terminou às 13h e respeitou os protocolos de segurança recomendados pelas organizações de saúde em função da pandemia.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília