Foram sete dias de greve e uma mobilização de vários meses na construção democrática da pauta de reivindicações e que culminou com a conquista de novos avanços para os bancários neste ano. A categoria garantiu aumento real no piso pelo 11º ano consecutivo, de 2004 até 2014. O ganho real acumulado no piso dos últimos dez anos é de 42,10%, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A Convenção Coletiva de Trabalho, assinada neste dia 13 de outubro, garante reajuste de 8,5% nos salários e demais verbas salariais; de 9% nos pisos e de 12,2% no vale-refeição.
“A nossa mobilização se mostrou forte mais uma vez e trouxe resultados para os bancários. A campanha nacional unificada continua sendo positiva, com avanços por mais de uma década com aumento real”, destaca Paulo Frazão, diretor do Sindicato.
A pressão da categoria fez com que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) avançasse na proposta durante a nona rodada de negociação, com aumento no índice de reajuste de 7,35% para 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários e demais verbas salariais, de 8% para 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos e de 12,2% no vale-refeição.
Os bancários foram incisivos nesta Campanha no combate à pressão por metas abusivas. Resultado dessa luta, os bancos clausuraram na Convenção Coletiva que “o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”.
Compensação
Sobre os dias parados, a compensação será de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha seis horas, e de uma hora no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para quem trabalha oito horas.
Confira, abaixo, as conquistas obtidas:
-Reajuste de 8,5% (2,02% de aumento real).
-Piso portaria após 90 dias – R$ 1.252,38 (9,00% ou 2,49% de aumento real).
-Piso escritório após 90 dias – R$ 1.796,45 (2,49% acima da inflação).
-Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.426,76 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando reajuste de 8,37% e 2,37% de aumento real).
-PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.837,99, limitado a R$ 9.859,93. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82.
-PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.675,98.
Antecipação da PLR
-Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015.
-Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.
-Parcela adicional – 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.837,99.
-Auxílio-refeição – R$ 26,00 (R$ 572,00 ao mês), reajuste de 12,2%.
-Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 431,16.
-Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 358,82.
-Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 306,96.
-Gratificação de compensador de cheques – R$ 139,44.
-Requalificação profissional – R$ 1.227,00.
-Auxílio-funeral – R$ 823,30.
-Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 122.770,20.
-Ajuda deslocamento noturno – R$ 85,94.
Da Redação