De novo a ingerência de Bolsonaro provoca a segunda baixa no comando do Ministério da Saúde durante a pandemia da Covid-19.
Nelson Teich, assim como seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta, não suportou a pressão do presidente e pediu demissão, após apenas 28 dias na função.
O secretário-executivo da pasta, general Eduardo Pazuello, assume interinamente.
O médico oncologista Nelson Teich, conhecido como apoiador irrestrito de Bolsonaro e por explorar a saúde como mercadoria, principais motivos que o colocaram no Ministério da Saúde, não durou nem um mês. Alega que não conseguiu atender às vontades do presidente.
Bolsonaro queria que Teich recomendasse o medicamento cloroquina para tratamento de pacientes contaminados com o novo coronavírus. Mas ele optou pela opinião das organizações de saúde e resistiu, assim como Mandetta.
Com a saída do mercantilista, entra para assumir o seu lugar o general Eduardo Pazuello. O ex-ministro da Cidadania e médico Osmar Terra está só na espreita, namorando a vaga desde abril, quando Luiz Mandetta deixou o ministério.
Fica dada vez mais claro que o presidente quer seguidores para comandar, não técnicos. Será que o general vai ser soldado do capitão?
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília