Neste último domingo, 1° de maio de 2016, tivemos a celebração em todo o mundo do Dia do Trabalhador. A data é uma homenagem àqueles que, em diversos países e episódios, lutaram por uma melhor qualidade de vida para a classe trabalhadora e pelos direitos trabalhistas.
No Brasil, neste ano, vivemos um 1° de maio atípico. No último período, nunca foi tão importante lembrar a simbologia desta data e utilizar os eventos realizados como preparação para a luta que se seguirá ao longo do mês de maio e dos próximos meses.
Em nosso país estamos tendo uma disputa clássica e real de classes. A classe dominante, composta pelo grande empresariado, latifundiários do agronegócio, banqueiros e monopolizadores da grande mídia, tenta executar um Golpe de Estado contra nossa jovem democracia, contra a classe trabalhadora e a maioria da população brasileira.
O Golpe se divide em duas etapas. Na primeira, tentam aprovar o impeachment da presidenta da república Dilma Rousseff sem que ela tenha cometido nenhum crime de responsabilidade e desrespeitando os 54,4 milhões de brasileiros e brasileiras que democraticamente a elegeram para comandar o país em outubro de 2014.
Na segunda etapa, os golpistas vão encaminhar um programa retrógrado e entreguista que está sob a forma de vários projetos de lei no Congresso Nacional. Neste programa temos a liberação das subcontratações, da precarização de direitos trabalhistas, rasga a CLT, retira das entidades sindicais laborais o poder da contratação coletiva e de defesa de suas categorias profissionais; proíbe a greve e manifestações dos servidores públicos; reduz a idade de ingresso ao mercado de trabalho para 14 anos; faz com que o negociado seja superior ao legislado mesmo precarizando e retirando direitos trabalhistas e sociais; descaracteriza a lei de combate ao trabalho escravo retirando sua força; privatiza e entrega o patrimônio do povo brasileiro como nossas estatais e o pré-sal; retira direitos conquistados por aqueles que tanto sofreram e foram penalizados na história do Brasil como os índios, negros, trabalhadores rurais e a população LGBT; entre vários outros projetos. Enfim, a elite dominante fará com que um conjunto de projetos, que são defendidos no programa Ponte para o Futuro de Temer e seus aliados, sejam aprovados para aumentar a lucratividade dos empresários da Fiesp, Fenaban, CNI, CNC, CNA, da rede Globo e outros conglomerados de comunicação, das multinacionais entre outros, indo na contramão da distribuição de renda que retirou 40 milhões se brasileiros e brasileiras da miséria e realizou o sonho da casa própria e do ensino superior para milhares de famílias de trabalhadores.
Um forte abraço e não ao Golpe!
Rodrigo Britto
Presidente da CUT Brasília
Somos Fortes, Somos CUT!
Fonte: Cut Brasília