Mais uma rodada de negociação com a Caixa termina sem avanços

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Terminou sem avanços a rodada de negociações permanentes entre a Comissão Executiva dos Empregados e a

direção da Caixa Econômica Federal, realizada na última sexta-feira, 1º de junho.

Terminou sem avanços a rodada de negociações permanentes entre a Comissão Executiva dos Empregados e a direção da Caixa Econômica Federal, realizada na última sexta-feira, 1º de junho, que tratou de itens pendentes como a questão da cobrança das participações atrasadas do Saúde Caixa, o auxílio-alimentação para os aposentados pós-95, além da reabertura do saldamento do REG/Replan e do uso da intranet.

Aquém do que esperavam os representantes dos trabalhadores, o banco apresentou respostas para apenas dois pontos: o uso da internet e a cobrança das participações atrasadas do Saúde/Caixa. Sobre a utilização da internet, aceitou alterar apenas um ponto da circular interna, permitindo o acesso a sites “ponto com”, desde que sejam endereços de entidades representativas. O acesso a sítios fora das especificações constantes da CI, portanto, continua proibido.

Quanto ao Saúde Caixa, a direção do banco afirmou que está em fase de finalização o processo de digitalização de dados e que em breve apresentará uma proposta que não prejudicará o empregado que eventualmente está em débito com o plano de saúde.

Tergiversação

Mas pontos importantes da pauta de reivindicações dos bancários continuaram pendentes. A Comissão Executiva voltou a cobrar uma proposta de alteração no PCS (que estabelece isonomia entre antigos e novos funcionários), resgatando inclusive compromisso da presidente Maria Fernanda Coelho, assumido na assinatura do Acordo Coletivo, de que trataria da questão em 2007. A Caixa, todavia, tergiversou e afirmou que não dispõe de proposta sobre o assunto.

Também ficaram sem resposta a questão da extensão do pagamento do auxílio-alimentação para os aposentados após 1995 e a definição sobre a reabertura do prazo pelo saldamento e adesão ao Novo Plano da Funcef, o fundo de pensão dos empregados da Caixa Federal.

“A Caixa vem tratando com desdém temas caros ao funcionalismo. Não vamos abrir mão dessas reivindicações e manteremos a pressão para que o banco dê a atenção devida que a pauta exige”, destaca Enilson da Silva, secretário-geral do Sindicato.

Confira a seguir os outros assuntos que foram objetos da negociação de sexta-feira:

Vale-transporte

A Contraf/CUT e a CEE/Caixa manifestaram preocupação com o fato de que normativo da empresa tem feito interpretação equivocada da lei sobre vale-transporte e, com isso, vem restringindo o pagamento do benefício. A lei prevê que o cálculo seja feito com base em ônibus de linha normal e não em ônibus seletivo, como no caso microônibus. Não há, neste caso, restrições para linhas intermunicipais e interestaduais.

Casos de irregularidades na concessão de vale-transporte vêm registrando-se em diversos estados. Os maiores problemas ocorrem na Bahia e na Paraíba. Em São Paulo, há o registro de atraso na entrega dos vales. Os representantes da empresa se comprometeram em buscar uma solução para esses problemas.

Incentivo à aposentadoria

Apesar de entender a importância do tema, a Caixa também informou que, no momento, não há qualquer estimativa para atender a essa expectativa. Essa questão é vista como polêmica. Existem hoje apenas estudos, mas nada de concreto para resolver o problema. Há casos de empregados que se aposentaram e continuam trabalhando na empresa. Outros devem se aposentar em breve.

Caixas nas Ret/PVs

A Contraf/CUT e a CEE/Caixa voltaram a reivindicar a criação de mais postos de caixas nas Ret/PVs. Foi lembrado que cada Ret/PV precisa ter pelo menos serviço de um caixa, por menor que seja a demanda. Há casos de lugares, como no Ceará, que estão divulgando editais para Ret/PVs. Os desvios para o exercício da função são também considerados muitos graves. A Caixa ficou de fazer uma avaliação sobre todos os problemas.

Com informações da Fenae
Foto: Augusto Coelho