Lucro recorrente do BRB cai em 2021

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O BRB apresentou no ano de 2021 um lucro líquido contábil de R$ 607,712 milhões, o maior de toda sua história. Porém, chama a atenção neste resultado o lucro denominado recorrente, aquele derivado dos negócios operados pelo conglomerado, tais como empréstimos, captações, aplicações, venda de seguros, cartões, títulos e valores mobiliários, entre outros – enfim, aquilo que é o negócio da instituição financeira. Este, no ano de 2021, ficou em R$ 293,159 milhões, uma queda de aproximadamente 36% quando comparado com o resultado de 2020, que foi de R$ 455,8 milhões.

O lucro líquido de R$ 607 milhões foi fortemente impactado por resultado não recorrente, que no ano de 2021 totalizou R$ 314,553 milhões, impactado principalmente pela venda de ações da Visa e Mastercard, e também pela entrada de recursos decorrentes da negociação com a empresa Wiz Soluções para a operacionalização de venda de seguros no balcão BRB.

“O fato de apresentar um lucro extraordinário, o maior da história, é importante. Porém, a composição do lucro chama a atenção pois, em um ano em que os lucros recorrentes da grande maioria dos bancos brasileiros tiveram uma elevação substancial, o BRB apresentou uma queda considerável. Isso chama a atenção de todo o mercado e em especial dos empregados do banco sobre o real desempenho do BRB”, observa Kleytton Morais, presidente do Sindicato.

A subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do Sindicato dos Bancários de Brasília preparou uma análise detalhada do resultado de 2021 do BRB, que pode ser conferida ao final da matéria.

“É preciso destacar a dedicação dos empregados do banco. Seu empenho ficou patente quando se verifica que as metas impostas, mesmo exorbitantes, foram alcançadas. Assim, o resultado recorrente menor precisa ser creditado e explicado pela diretoria do banco. Quanto ao esforço dos empregados, estes estão mais uma vez de parabéns por sua dedicação”, conclui Kleytton.

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Da Redação