Lucro do Santander Brasil cresce 13,2% em 2015, para R$ 6,6 bilhões

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Fachada da agência bancária do banco Santander, em Nova York (EUA)

O Santander Brasil, maior banco estrangeiro no país, registrou aumento de 13,2% em seu lucro líquido em 2015 na comparação com o ano anterior, a R$ 6,624 bilhões, informou o banco nesta quarta-feira (27).

O lucro líquido recorrente exclui despesas com ágio na aquisição de outras sociedades controladas pelo banco.

A alta foi resultado da expansão do crédito e das receitas com tarifas sendo contrabalançadas por maiores despesas com provisões para perdas com inadimplência, mesmo com estabilidade dos calotes.

No quarto trimestre, o banco teve lucro líquido recorrente de R$ 1,6 bilhão, queda de 5,9% em relação aos três meses anteriores, mas alta de 5,7% ante o mesmo período de 2014.

Já o lucro líquido societário —que inclui ágio na aquisição de outras sociedades controladas pelo banco— somou R$ 1,167 bilhão no quarto trimestre, queda de 7,8% na comparação com os três meses anteriores. Em relação ao mesmo período de 2014, o lucro cresceu 101,9%. Em 2015, foi de R$ 6,998 bilhões, avanço de 223,8% na comparação com 2014.

No final de 2015, a carteira de crédito do banco somava R$ 260,988 bilhões, aumento de 6,3% em 12 meses e queda de 0,4% ante setembro. Um destaque foi o segmento grandes empresas, com alta de 12,1% em um ano. Já os empréstimos imobiliários tiveram salto de 21,6%. O consignado disparou 29,2% em 12 meses, impactado pela parceria com o Banco Bonsucesso, em fevereiro de 2015.

O índice de inadimplência acima de 90 dias foi de 3,2%, estável sobre o trimestre anterior e queda de 0,1 ponto percentual em relação ao final de 2014.

A despesa do Santander Brasil com provisão para perdas com calotes entre outubro e dezembro somou R$ 3,497 bilhões, um salto de 17,6% em relação ao trimestre anterior.

Em conferência para anunciar o resultado da matriz espanhola, a presidente do Conselho de Administração do banco, Ana Botín, disse que a instituição financeira espera melhora do lucro da instituição financeira no Brasil em 2016.

Ela disse que o banco seguirá centrado no crescimento orgânico, e que se compromete a cumprir as metas de seu plano estratégico de 2018, concentrando-se no crescimento de clientes.

SANTANDER

A matriz teve queda de 98% do lucro no quarto trimestre na comparação anual, de € 1,46 bilhão para € 25 milhões, afetada por encargos no Reino Unido e pela desaceleração da receita no Brasil, dois de seus mercados mais importantes.

O maior banco da zona do euro em valor de mercado teve lucro recorrente para o grupo estável contra o quarto trimestre do ano anterior, a € 1,46 bilhão, um pouco abaixo do esperado pelo mercado. Incluindo encargos extraordinários, o lucro líquido ficou em apenas € 25 milhões.

O banco, que tem estado há tempos sob escrutínio por conta de seus índices de capital, mostrou progresso nesse sentido no quarto trimestre. Os índices sob o critério mais estrito subiram para mais de 10%, cumprindo as metas do Santander.

Compensações para clientes britânicos pela comercialização problemática de seguros de proteção de pagamentos corresponderam a quase metade do € 1,44 bilhão em encargos extraordinários, enquanto o lucro excluindo esses itens sentiu o impacto do declínio de seu negócio brasileiro, afetado pela recessão que assola o país.

A presidente do Conselho de Administração, Ana Botín, está liderando esforços na área de crédito do banco, com o crédito líquido a clientes subindo 7,6% durante o acumulado de 2015.

No Brasil, o lucro líquido caiu 12,2% ante um ano antes e também caiu na comparação trimestral.

O real mais fraco afeta a receita do Santander quando convertida em euros e encargos para compensar potenciais perdas com calotes também subiram no país na comparação trimestral.

Fonte: Folha de S. Paulo