Lucro do BRB recua

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Na quinta-feira (28), o BRB divulgou seu balanço referente ao 1º semestre de 2014. O lucro apresentado de R$ 82,6 milhões representou um recuo de 26,8% comparado com o mesmo período do ano passado.

“Mais uma vez, vai se consolidando que a estratégia da direção do BRB não acompanha o sistema. Com raríssimas exceções, os bancos cresceram quando comparados com igual período do ano passado. Por sua vez, o BRB novamente apresenta recuo em seu resultado, conforme já ocorrera com o resultado de 2013, comparado ao de 2012”, pontua o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.

O banco alega que as condições de concessão de crédito por longos períodos em anos anteriores, com taxas menores, foram os responsáveis pela situação, visto que estes contratos estão em vigor. Porém, a taxa de captação subiu em função da elevação da Selic, o que impactou o spread – diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder um empréstimo.

“Lamentável esta explicação do BRB. As condições as quais o banco esteve submetido em anos anteriores foram as mesmas para os demais bancos. Os demais também estão captando com um custo maior neste momento, e apresentam crescimento constante e sustentável. Este argumento não cabe”, acrescenta Eustáquio.

PLR

Conforme o acordo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e em face de uma rentabilidade de 7,33%, o banco destinará 15% do lucro líquido, após o desconto das reservas legais conforme determina a legislação, para o pagamento da PLR dos funcionários.

Ainda conforme o acordo coletivo, o BRB tem até o dia 20 de setembro para pagar a participação a que os funcionários têm direito. Porém, esse pagamento pode ser feito antes, e o Sindicato reivindica a antecipação. Quanto ao recebimento integral, quase todas as unidades do banco, incluída a Direção Geral, receberão a integralidade da participação. Pouquíssimas agências não terão esta integralidade, demonstrando a capacidade dos funcionários do banco na perseguição da metas, mesmo sendo estas extremamente elevadas.

Pelo montante destinado à PLR, percebe-se que os bancários do BRB receberão um valor maior que o distribuído em março, quando foi paga a PLR referente ao segundo semestre de 2013. No entanto, será um valor proporcionalmente bem inferior ao pago para a diretoria, cuja PLR corresponde a três remunerações.

O Sindicato renova aqui o desafio à diretoria de reduzir, proporcionalmente, sua PLR ao mesmo patamar pago aos funcionários. “Esta seria uma medida que demonstraria sensibilidade da diretoria, em face de um resultado que, embora positivo, está aquém da capacidade do BRB”, conclui Eustáquio.

Da Redação