Itaú Unibanco discute reformas, remuneração e promete não demitir durante fusão

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Diretores do Sindicato (à dir.) em reunião com representantes do Itaú Unibanco, na sede da entidade

Representantes do Itaú Unibanco reafirmaram o compromisso de não promover demissões durante o processo de fusão entre os dois bancos. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18), em reunião solicitada pelo Sindicato para discutir uma série de demandas dos funcionários no Distrito Federal e Entorno. 

Várias outras questões relativas à fusão foram debatidas no encontro, realizado na sede do Sindicato. Uma das principais tratou das reformas para unificação das bandeiras. Diversas agências no DF foram fechadas devido às más condições de trabalho e insegurança causadas pelas obras. Os representantes do banco reconheceram o problema e afirmaram que tomarão as devidas providências, mas ponderaram que isso poderá ocorrer novamente na reforma de outras agências e que situações como essa devem ser informadas ao banco.

“Os problemas são imensos durante as reformas, que são feitas sem a devida organização. O local fica inseguro, com as portas giratórias inutilizadas e problemas no monitoramento”, conta Edmilson Lacerda, diretor do Sindicato. “Além disso, fizemos blitizes em lugares onde constatamos, por exemplo, fiação exposta, poeira, mobiliário espalhado, ar condicionado desligado. Enfim, são vários problemas que impossibilitam o trabalho do bancário e um bom atendimento aos clientes. Os próprios usuários ligaram no Sindicato denunciado”, completa Sandro Oliveira, diretor do Sindicato.

Os dirigentes sindicais também expuseram outras dificuldades quanto à infraestrutura dos bancos e condições de trabalho, como a falta de portas de segurança e questão do abastecimento de caixas pela frente das máquinas. A situação deixa os funcionários expostos e mais vulneráveis à ação de criminosos. “A solução do problema foi cobrada pela segunda vez. Esperamos que ele seja resolvido o mais rápido possível, mesmo nas agências que já são do Itaú e não estavam previstas para reforma agora”, afirma Roberto Alves, diretor do Sindicato.

Remuneração

Depois da fusão entre Itaú e Unibanco, os empregados dos bancos que exercem a mesma função estão recebendo salários diferenciados. Isso porque, em alguns cargos, o bancário do Unibanco que recebe um salário maior migrou para o Itaú na mesma condição. O banco informou que pretende fazer a equiparação salarial gradativamente entre o cargo e o salário dos funcionários. “O banco afirmou que não fará rebaixamento de salários. Agora ficaremos atentos para que não ocorra uma unificação por baixo”, frisa Washington Henrique, diretor do Sindicato.

Outros pontos    

Algumas funcionárias oriundas do Unibanco tiveram problemas com a prorrogação da licença-maternidade para 180 dias, outro ponto discutido na reunião. O banco alegou que a situação só se deu porque essas funcionárias não cumpriram o prazo para o pedido da prorrogação. A orientação é para que as bancárias façam a solicitação ao RH pelo malote da empresa. 

“O banco se comprometeu ainda a observar as questões de segurança, depois do caso de abuso de autoridade de um policial na agência do Itaú Unibanco da QE 40, no Guará II”, destaca Louraci Morais, diretora do Sindicato. O homem prendeu a gerente e o vigilante do local porque lhe foi solicitada a identificação funcional para entrar na agência.