Itaú lucra R$ 1,4 bilhão, mas não melhora condições de trabalho

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Apesar dos lucros recordes, o Itaú tem demonstrado ser um péssimo patrão. As agências bancárias estão sempre lotadas, a qualidade do atendimento vem caindo drasticamente, e ao mesmo tempo o banco tem incentivado o endividamento dos funcionários – oferecendo empréstimos a juros iguais aos praticados pelo mercado.

A medida é preocupante, porque o banco, ao invés de disponibilizar linhas de crédito favoráveis aos próprios funcionários, vai na direção contrária. “Além de não conseguir quitar as dívidas com o banco, o funcionário se vê obrigado a procurar outras instituições financeiras para honrar seus compromissos”, argumenta Roberto Alves, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú.

Outro problema enfrentado pelos funcionários é a estressante jornada de trabalho, com agências sempre lotadas e a falta de funcionários, o que tem comprometido a qualidade do atendimento, além de causar sérios problemas de saúde aos bancários, como LER/Dort, gastrite e úlcera. “A correria nas agências é tanta que muitos bancários só conseguem almoçar depois das 15h30. O Itaú precisa, urgentemente, rever sua política de metas (programa Agir) e valorizar os funcionários, seu maior patrimônio”, destaca a diretora do Sindicato Louraci Morais.

Banco de Boston

A Contraf-CUT vai solicitar reunião nos próximos dias com a direção do Itaú para tratar da situação do quadro funcional do BankBoston após a fusão das duas instituições financeiras. Com o problema da falta de funcionários no Itaú, o objetivo dos sindicatos é discutir o aproveitamento dos funcionários do BankBoston nos quadros do Itaú. “O Sindicato estará atento e defenderá sempre a manutenção dos empregos”, afirma Edmilson Lacerda, funcionário do BankBoston e diretor da Federação Centro-Norte.