Itaú despreza saúde dos trabalhadores

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O Itaú continua demitindo de forma desrespeitosa bancários vítimas de adoecimento no trabalho. O Sindicato, ao tomar conhecimento de demissões injustas como essas, de imediato busca reverter o problema administrativamente junto ao banco. E, em situações de negativa da instituição financeira, orienta ação judicial e encaminha os bancários ao INSS para afastamento.
 
É o caso de uma bancária que trabalhava havia mais de 20 anos no Itaú, e em 2015, mesmo estando de atestado médico, foi demitida. O Sindicato não homologou a rescisão e encaminhou a funcionária à assessoria jurídica da entidade, prestada por LBS Advogados, que ajuizou reclamação trabalhista, conseguindo antecipação de tutela.
 
O juiz da 3ª Vara do Trabalho de Brasília reconheceu a nulidade de dispensa realizada pelo Itaú, considerando que a bancária se encontrava doente no momento da rescisão contratual.

Agora, o magistrado ratificou a reintegração, inclusive no que tange à manutenção do plano de saúde, condenando o banco também a pagar todos os salários e vantagens desde a dispensa ilegal. Para o juiz, ficou “comprovado que a reclamante adquiriu doença ocupacional em razão das atividades desenvolvidas no período em que laborou para a reclamada”, de modo que a “incapacidade laboral interrompe ou suspende todos os efeitos do contrato de trabalho, impossibilitando a rescisão contratual”.

A decisão foi tomada nos autos do processo 1081-49.2015.5.10.0003 e cabem recursos por parte do banco. 

“Não são poucos os casos em que o banco despreza os trabalhadores adoecidos no local de trabalho, mesmo estando de atestado médico, em tratamento, ou até mesmo afastado pelo INSS”, ressalta a secretária de Saúde da Fetec-CUT/CN, Conceição de Maria. Ela alerta: “Procurem orientação imediata junto ao Sindicato, que está atento a esses acontecimentos”.

O caso é apenas mais um exemplo em que o Sindicato atua na defesa dos empregados dispensados ilegalmente, com decisão favorável no âmbito da Justiça do Trabalho. É uma luta constante da entidade sindical.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília