Os banqueiros jogam com o silêncio associado à pressão e à truculência contra os trabalhadores, apostando no desgaste do movimento grevista.
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Cresce também a indignação dos trabalhadores com as marolas, o assédio moral e as ilegalidades das cúpulas dos bancos contra o movimento, no lugar de propostas que contemplem as reivindicações da categoria
Os banqueiros jogam com o silêncio associado à pressão e à truculência contra os trabalhadores, apostando no desgaste do movimento grevista.
O recado que a categoria bancária os envia é o seguinte: Estão completamente errados quanto à possibilidade de sucesso desta velha e surrada estratégia. Terão que mudar de postura e trazer para a mesa de negociação uma proposta decente.
A força da greve por todo o país não deixa dúvida quanto à capacidade de organização e à disposição de luta da categoria. Os bancários e bancárias estão com fôlego para o enfrentamento que for necessário.
Prova dessa resistência é a greve aqui em Brasília, que entra no seu décimo dia e continua se ampliando, de forma cada vez mais organizada e consistente. A paralisação nos prédios do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal registra novas adesões a cada dia que passa. Falta pouco para o fechamento da totalidade das agências desses bancos.
Depois da deflagração da greve em âmbito nacional, cresceu consideravelmente o número de agências de bancos privados fechadas, sobretudo Itaú, ABN-Real, HSBC, Unibanco, Bradesco, Santander, Citibank e Mercantil do Brasil. Aproximadamente 60 unidades de bancos privados fecharam as portas nesta quinta-feira.
No BRB, foram fechadas, também nesta quinta, 65 unidades, incluindo as agências Central, Comercial Sul, JK e outras. A greve atinge o banco em todas as regiões do DF.
O Sindicato convoca os bancários e bancárias do DF a reforçarem greve integrando-se às atividades que ocorrem diariamente. Por estarmos há 10 dias em greve, precisamos da força de todos para mantermos a pressão aos patrões em alta, ressalta o secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno.