Governo Temer ataca os bancos públicos

0

O discurso neoliberal da privatização dos bancos públicos voltou à pauta no país. Pedro Malan, ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso (FHC), no período 1995-2002, já havia prometido ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a eliminação dos bancos públicos, seja pela via das privatizações, seja pela via do seu enfraquecimento – transformando-os em bancos de segunda linha.

A ideia ficou adormecida por mais de uma década, mas com Impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e chegada de Michel Temer (MDB) ao poder, o discurso neoliberal voltou com força ao planalto, assim como a ideia da privatização do setor público, onde estão inseridos os bancos públicos.

Na avaliação do presidente da Federação Centro Norte dos Bancários (Fetec Centro Norte), Cleiton dos Santos, o governo Temer e seus aliados atuam exatamente na direção proposta pelo governo FHC. Enfraquece a função pública do Banco do Brasil, da Caixa e do BNDES. “Estamos observando nos últimos meses várias medidas que estão sendo tomadas contra os bancos públicos e, em consequência, contra a população”, disse Cleiton dos Santos.

Desde 2015, a Caixa cortou 12.791 postos de trabalho, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Além de promover o desemprego, sob o governo Temer os bancos públicos tiveram o atendimento à população prejudicado, tanto com a redução de pessoal, quanto com o fechamento de agências. O Banco do Brasil, por exemplo, fechou 777 agências bancárias de 2015 a 2017. A Caixa vem realizando a mesma política, fechando as agências consideradas pelos atuais gestores como não lucrativas. Normalmente em bairros periféricos ou em pequenas cidades, onde havia apenas uma única agência bancária. As pessoas precisam se deslocar por grandes distâncias se quiserem contar com os serviços bancários.

Desta forma, os bancos públicos, assim como os privados, deixam de cumprir seu papel social, que é oferecer serviços de pagamento e recebimento à população.

Fonte: Jornal Opinião com informações da Contraf-CUT