GDF parece ignorar potencial do BRB e recorre a serviços do Santander

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Uma comitiva do GDF, liderada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), foi a São Paulo na última semana para negociar futuros investimentos em projetos do DF com o banco Santander. A estratégia da nova gestão da capital parece ignorar a potencialidade do BRB ao colocar nas mãos de um banco privado importantes segmentos do plano econômico do governo.

Na reunião com a diretoria do banco espanhol, foram discutidas questões relacionadas à estruturação de operações, a concessões públicas privadas, ações sociais, crédito para o DF e crédito para investidores privados que venham para a região, entre outras ações.

Acontece que o Banco de Brasília tem o Instituto BRB, que poderia desenvolver ações sociais do GDF entre outras relacionadas a cultura, meio ambiente e esporte, além de outras áreas estratégicas.

“O Sindicato entende que, por questões legais, o Banco de Brasília fica impedido de atender algumas demandas do GDF, entretanto, a maioria das questões tratadas com o Santander pode ser executada pelo BRB”, afirma Ivan Amarante, diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN). E naquilo que, por força da lei, não pode ser feito pelo Banco de Brasília, o GDF pode recorrer aos bancos públicos. 

Raquel Lima, diretora do Sindicato, acrescenta que outro questionamento levantado pelo Sindicato, que cobra em todas as instâncias a defesa intransigente do BRB enquanto banco público, é que, “se o GDF tem o banco que pode ser o fomentador da economia local, oferecendo crédito para instituições privadas que venham para cá, por que, antes de celebrar uma parceria assim com o BRB, foi fazê-lo com uma instituição privada estrangeira?”

Samantha Souza, dirigente da Fetec-CUT/CN, lembra que o Sindicato dos Bancários faz parte de um Fórum em Defesa das Estatais do DF, em conjunto com o Sindágua, o STIU e representantes dos trabalhadores do Metrô. Para ela, essa atitude do governador reforça a necessidade de unidade na defesa das estatais do DF. 

Daniel de Oliveira, diretor do Sindicato, pondera que, “também na política, as atitudes soam mais alto do que os discursos”.

O Sindicato cobra coerência do governo, que ainda em campanha falou de um protagonismo do Banco de Brasília no cenário local.

Da Redação