Funcionalismo apresenta ao BB propostas emergenciais para a Cassi

0

Dando prosseguimento aos debates da mesa de negociações sobre a Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil), as entidades representativas do funcionalismo, entre elas a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e o Sindicato dos Bancários de Brasília, apresentaram à direção do BB nesta quinta-feira (27) propostas de caráter emergencial e reafirmaram reivindicações que já foram colocadas em mesa. O banco vai estudar as sugestões e dará uma resposta na sexta-feira 4 de setembro.

As reivindicações de caráter emergencial contemplam um reforço de caixa na Cassi para que discussões de caráter mais permanente e de sustentabilidade sejam debatidas com mais tranquilidade.

Foram apresentadas as seguintes propostas de caráter emergencial:

• Antecipação do repasse da contribuição patronal e pessoal do valor referente à Cassi sobre o 13º salário do ano de 2015, sendo que na parte pessoal também seria uma antecipação feita pelo banco.

• Contribuição à Caixa de Assistência sobre os acordos de Comissão de Conciliação Voluntária e Comissão de Conciliação Prévia (CCV/CCP). Este item também é integrante da minuta de reivindicações aprovada no Congresso dos Funcionários do BB.

• Contribuição à Caixa de Assistência sobre as verbas trabalhistas referentes a processos e acordos judiciais.

• Destinação para a Cassi do percentual de 5% sobre o montante a ser distribuído na PLR, antes da distribuição aos funcionários.

• Antecipação do percentual destinado à Cassi sobre valor do BET (Benefício Especial Temporário) já provisionado para ser pago pela Previ aos funcionários da ativa integrantes do Plano 1, assim que se aposentarem. Já consta do regulamento do BET a contribuição para a Cassi. Os valores seriam antecipados do montante já contabilizado na Previ.

Os representantes também reafirmaram ao banco propostas já apresentadas e discutidas entre as entidades e dirigentes eleitos da Cassi:

• Dois aportes de R$ 300 milhões para cobertura dos déficits até início do projeto piloto de ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF) e implantação das medidas estruturantes.

• Aporte extraordinário de R$ 150 milhões para implantação do projeto piloto.

• Inclusão no Estatuto da Cassi do compromisso de proporcionalidade de contribuição de uma vez e meia do BB para uma dos associados.

A próxima reunião das entidades representativas dos funcionários do BB com a direção do banco foi agendada para o dia 4 de setembro, sexta-feira da próxima semana, quando a empresa dará uma resposta sobre essas propostas.

“Penso que demos hoje mais um passo importante para equilibrar a Cassi. Merece destaque o esforço conjunto de todas as entidades do funcionalismo de buscar consenso na construção dessas propostas, que são emergenciais, enquanto negociamos com o banco medidas de longo prazo visando encontrar uma solução definitiva para a sustentabilidade da nossa Caixa de Assistência. Lembro que, em relação às medidas de longo prazo, já existe acordo entre BB e entidades no que se refere à ampliação da Estratégia Saúde da Família e manutenção do princípio da solidariedade”, avalia Rafael Zanon, que representa a Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. Zanon também é diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília e bancário do BB.

Busca da sustentabilidade na Cassi

As entidades representativas do funcionalismo vêm, desde maio deste ano, mantendo processo de negociação com o BB visando buscar o equilíbrio do Plano de Associados, que cuida da saúde dos mais de 400 mil funcionários, aposentados e seus dependentes.

Participam das negociações com o BB a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários (na qual a Fetec-CUT/CN está representada), dirigentes eleitos da Cassi e representantes da Anabb, da AAFBB, da Federação das Associações de Aposentados e da Contec.

Já foram estabelecidos alguns consensos entre banco e entidades desde o início das negociações, entre eles a manutenção do princípio da solidariedade no Plano de Associados e a conclusão da implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF), que prioriza a prevenção, sendo mais eficaz para equilibrar as contas da entidade.

Para custear o déficit atual e ampliar o ESF, as entidades propuseram aportes patronais.

Em resposta, o BB condicionou os aportes à transferência do compromisso com as contribuições pós-laborais para um fundo sob responsabilidade da Cassi.

Considerando a falta de acordo e a situação das reservas técnicas da Cassi, no entanto, as negociações estão também tratando de propostas de cunho emergencial, de forma que não se interrompa o processo de diálogo e que se encontre soluções para a sustentabilidade da Cassi, sem que haja perda de benefícios ou problemas na assistência médica dos associados.

Da Redação, com informações da Fetec-CUT/CN