O Itaú Unibanco continua insistindo em reformar agências sem resguardar a saúde de seus funcionários e clientes. O exemplo mais recente do descaso da instituição financeira ocorreu nesta sexta-feira 4 na unidade da 504 Sul, quando dois bancários passaram mal após inalarem forte odor de tinta.
Logo que foi informado do problema, o secretário de Administração do Sindicato, Edmilson Lacerda, também funcionário do Itaú, compareceu a unidade e percebeu que não havia condições de a agência funcionar. “Em 2010, quando o Itaú estava reformando unidades do Unibanco para se adaptarem ao novo layout, os bancários, em parceria com o Sindicato, fecharam diversas unidades por esse mesmo motivo”, lembra Lacerda.
Amparado na NR 3 do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata sobre embargo ou interdição, o Sindicato constatou in loco situação de trabalho caracterizada por risco grave e iminente ao trabalhador. “Os bancários da agência da 504 do Sul e/ou de outras unidades que se sentirem prejudicados devem denunciar ao Sindicato. Assim, formalizaremos queixa junto à SRTE (superintendência regional do trabalho e emprego), que obrigará os bancos a cumprirem a legislação em vigor”, afirma a secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Fabiana Uehara Proscholdt. “O forte odor de tinta pode causar sérios riscos à saúde”, completa.
O Sindicato vai abrir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para os dois bancários que inalaram forte odor de tinta. “Um banco do tamanho do Itaú Unibanco não pode permitir esse tipo de ingerência em suas unidades. O mínimo que uma empresa deve fazer é zelar pela saúde de seus funcionários”, critica Edmilson Lacerda.
Atento, o Sindicato continua percorrendo todas as unidades bancárias do Distrito Federal para constatar possíveis irregularidades. “Os bancários são peças-chave nesse processo. Devem acionar o Sindicato, caso percebam algum tipo de problema”, completa Fabiana Uehara.
Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília
