Fomos presas por lutar contra golpistas

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No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, 73 mulheres que viajavam para a 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (4ªCNPM), que ocorrerá até 12 de maio, foram detidas por cerca de uma hora por terem chamado dois deputados que embarcavam com elas de “golpistas” e “vocês não nos representam”.

As participantes viajavam de Salvador para a capital federal, em um avião da companhia aérea TAM. Elas foram acusadas de ofender a deputada federal Eronildes Vasconcelos Carvalho (PRB-BA), conhecida como tia Eron, e o deputado federal Jutahy Magalhães Júnior (PSDB). As mulheres ficaram presas no avião, por determinação do comandante do voo, até que a Polícia Federal chegasse para levá-las a depor dentro do aeroporto.

A militante Caroline Moraes estava no voo e explica que a manifestação ocorreu de forma pacífica. “Não aceitamos o tipo de atitude que tiveram conosco. Também prestamos uma queixa contra esta atitude machista e coercitiva que aplicaram na gente. Ficamos sabendo que foram os deputados e o próprio comandante da aeronave que pediu para a Polícia Federal ir até lá”, relatou.

Também no avião, a presidenta da Associação das Donas de Casa da Bahia, Marinelma Macedo, relata que não houve nenhuma manifestação violenta. “Eles se ofenderam com as palavras de ordem ao expressarmos o que pensamos. Só isso”, disse.

Depois da intervenção de deputadas do Partido dos Trabalhadores e de serem atendidas por advogados do Ministério da Justiça, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência e do PT, que foram até o local, elas foram soltas. Ao chegaram na 4ª Conferência, pouco antes do pronunciamento oficial da presidenta da República, Dilma Rousseff, foram calorosamente aplaudidas.

Fonte: CUT Nacional