Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais do Itaú Unibanco exige fim das demissões

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A defesa do emprego será a prioridade dos bancários do Itaú no próximo período. Essa foi uma das principais resoluções do Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais do Itaú Unibanco, promovido pela Contraf-CUT, com a participação de representantes sindicais de Brasília e de outros sindicatos. O encontro ocorreu nos dias 13, 14 e 15 e discutiu pontos de relacionados à previdência, remuneração, condições de trabalho, entre outros temas.

 

Os sindicalistas de todo o país repudiaram o processo de demissões em curso no banco e definiram a pauta de reivindicações específicas para ser negociada com a instituição.

 

“O encontro chamou a atenção para o grande número de demissões que vêm ocorrendo desde a fusão do Itaú com o Unibanco, sem contar o fechamento de agências após a incorporação. Os números apresentados pelo Dieese são preocupantes, por isso os sindicatos estão atentos para essa realidade e vigilantes para que no ano de 2012 não se repita”, ressalta Washington Henrique, diretor do Sindicato.

 

Os participantes do encontro firmaram ações para cobrar o cumprimento da jornada de trabalho bancária e mais contratações. Além disso, lembraram que vão lutar pela garantia de emprego com a ratificação da Convenção 158 da OIT que coíbe as demissões imotivadas.

 

Outro item importante da pauta de reivindicações diz respeito à Participação Complementar nos Resultados (PCR). Os bancários lutam por uma PCR maior e o fim do desconto dos valores dos programas próprios da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Também constam na pauta melhorias na previdência complementar, no plano de saúde e medidas para garantir igualdade de oportunidades e o fim das discriminações de gênero, raça, orientação sexual e contra pessoas com deficiência dentro da empresa.

 

“Queremos a extensão do Plano de Aposentadoria Complementar (PAC) a todos os funcionários do Itaú. Atualmente só 40% dos bancários são beneficiados pelo PAC”, afirma Roberto Alves, diretor do Sindicato. Ele conta que os trabalhadores também querem a unificação dos planos de previdência, pois atualmente existem 14 tipos de planos, tudo por conta da fusão do Itaú com outros bancos que já tinham planos próprios de previdência.

 

“Resultado direto da falta de funcionários e da pressão pelo cumprimento de metas do programa próprio de remuneração variável do banco (Agir), está havendo sobrecarga de trabalho, o que vem causando adoecimento tanto físico quanto psicológico. O que temos visto é que esses problemas se juntam ao adoecimento por LER/Dort e chega-se ao ponto do afastamento por motivo de saúde em estágio avançado”, destaca Louraci Morais, diretora do Sindicato.

 

Segundo ela, a maioria dos afastados são gestores, e muitos bancários, mesmo doentes, continuam trabalhando, por medo de demissão, e à base de remédios ou com braço engessado, por exemplo. “As reformas nas agências também têm sido um vilão para a saúde dos trabalhadores, já que o banco descumpre as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho, deixando os bancários, clientes e usuários bastante vulneráveis”.

 

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN), juntamente com o Sindicato dos Bancários de Brasília, levou a pauta de reivindicações dos bancários do DF para discussão no encontro.

 

Da Redação, com Contraf-CUT