Empregados da Caixa se reúnem e repudiam manobras do banco

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O Sindicato realizou na noite da quinta-feira (4) uma plenária dos empregados da Caixa para debater meios de resistir à tentativa do banco de reduzir os salários por meio de redução da jornada de trabalho daqueles que ocupem cargos técnicos e de assessoramento.

A plenária, realizada na Sede do Sindicato, foi um momento de debate entre os empregados da Caixa. Os trabalhadores presentes tentaram encontrar caminhos para que um novo e digno Plano de Cargos Comissionados, chamado de Plano de Funções Gratificadas pela Caixa (PCC/PFG), seja implementado e que a reivindicada redução de jornada de trabalho não venha acompanhada de perversidades contra os empregados. “Queremos jornada de 6 horas para todos, mas não aceitaremos redução de salários nem ações que venham para dificultar conquistas futuras da categoria”, afirmou o diretor do Sindicato, Raimundo Félix.

O coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) da Contraf/CUT, Jair Pedro, fez uma explanação sobre a negociação permanente entre os trabalhadores e a direção do banco. “Nós não vamos aceitar nenhum acordo que preveja redução salarial para os trabalhadores e, se a Caixa insistir na medida, nós devemos estar preparados e mobilizados pra lutar pelos nossos direitos”, disse.

O diretor do Sindicato, Alexandre Severo, lembrou as manifestações já realizadas este ano e afirmou que elas vão continuar cada vez maiores enquanto for necessário. “Fizemos manifestações em frente ao Matriz I, na Filial, na Rerop, na 502 Norte e em várias agências. A adesão dos trabalhadores em todas elas mostra o nível de indignação da categoria com o desrespeito com o qual vêm sendo tratados por parte da direção da empresa”, ressaltou.

Briga jurídica

Eymard Loguércio, da Crivelli Advogados Associados, que compõe a assessoria jurídica do Sindicato, fez um histórico das mudanças na legislação trabalhista e das decisões judiciais sobre o assunto. “Podemos contar com os meios jurídicos nessa disputa, mas não deve ser o nosso único meio de ação”, afirmou ao plenário.

Para o diretor do Sindicato Enilson da Silva, nenhuma frente de batalha poderá ser descartada nessa luta. “Temos a melhor assessoria jurídica possível e não vamos medir esforços na batalha judicial, mas não adiantará nada se não houver uma forte mobilização dos empregados da empresa. A participação de todos é essencial”, reafirmou.