Os empregados da Caixa Econômica Federal participaram nesta sexta e sábado do Congresso Distrital, onde debateram os eixos centrais específicos da Campanha Nacional 2012, divididos em condições de trabalho, Funcef e aposentados, encarreiramento e organização do movimento. O encontro ocorreu na Legião da Boa Vontade (915 Sul).
Além das propostas de cada uma dessas áreas, aprovadas em assembleia, também foram eleitos os delegados, incluindo aposentados, que representarão os bancários da Caixa do Distrito Federal no 28º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), que ocorre em Guarulhos (SP) nos dias 15, 16 e 17 de junho.
“Foi importante a participação dos bancários nas discussões que construíram nossa pauta de reivindicações específicas, que levaremos para enriquecer o debate do 28º Conecef. Destaco também que a união da categoria é que arrancará avanços na Campanha deste ano”, ressalta Fabiana Uehara, secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato e diretora da Contraf-CUT.
A Funcef também esteve na pauta de discussão do Congresso. Um dado destacado foi que 90% das ações do fundo de pensão são de origem trabalhista e não deveria estar a seu cargo o pagamento. “Essas ações são de responsabilidade do patrocinador, já que são trabalhistas e não previdenciárias. Esse contecioso judicial é um ponto de preocupação que temos que levar entre as nossas reivindicações”, afirma Jair Pedro, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
A Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) sobre 7ª e 8ª horas também foi lembrada. Os empregados querem que a Caixa melhore os valores da indenização e que discuta também outros itens no âmbito da CCV. Atualmente os empregados que trabalharam além da jornada contando a partir de setembro de 2006 podem pleitear a 7ª e 8ª horas. O Sindicato fez 1.800 inscrições e já realizou 740 conciliações até agora.
– Incluir a síndrome do pânico entre as pesquisas de prevenção e do mapeamento do perfil bancário da Caixa.
– Aumento da licença-aleitamento para até 1 ano de idade da criança
Saúde Caixa
– Reforçar a implantação do Plano Saúde Família
– Ampliação da coberturado Saúde Caixa para cirurgias corretivas dos olhos para 100% dos procedimentos, independente do grau ou da origem da doença
– Remeter ao Conselho de Usuários a revisão do teto de co-participação vinculado a remuneração
– Reforçar o fim dos voto de minerva nas instâncias da Funcef
-Reforçar a extensão do tíquete-alimentação a todos os aposentados e pensionistas
– Melhoria do atendimento dos aposentados nas unidades
– Proibição de qualquer funcionamento das unidades, mesmo que apenas para funcionamento interno, quando não tiver o número mínimo de vigilantes
– Obrigatoriedade de apresentação de relatório as entidades representativas dos empregados sobre estatísticas das ocorrências de assaltos, furtos e outros delitos ocorridos em agências da Caixa e correspondentes bancários
– Aumentar a abrangência dos PSI´s, impedindo que fique restrito a unidade demandante
– Valorização do cipeiro e dos delegados sindicais com pontuação para a unidade
– Política de retenção de talentos na TI
– Implantação da proposta de carreira de TI que mantenha a possibilidade de 6 horas nas funções técnica e técnico-gerenciais e migração para as novas funções sem PSI
– Adicional de função de TI compatibilizando com o mercado de TI
– Extensão do curso de integração (PIAC) com módulo específico de TI
Jornada de trabalho
– Adoção da jornada de trabalho de 6 hora para todos os empregados, inclusive os de nível gerencial e carreiras profissionais, sem redução salarial
Isonomia
– Reforçar a isonomia de direitos entre novos e antigos com extensão da Licença-Prêmio e Anuênio (ATS)
– Reforçar a normatização dos pontos já conquistados
Outros
– Exigência que a Caixa cumpra o Acordo Coletivo de Trabalho que garante aos dirigentes sindicais o livre acesso às dependências de trabalho
Abertura
No primeiro dia do Congresso, os bancários debateram conjuntura econômica e política. O evento teve ainda o lançamento do livro Reestruturação bancária e precarização do trabalho nos anos 90. Assista nos vídeos a seguir:
Reestruturação bancária e precarização do trabalho nos anos 90
Eduardo Gomes Machado fala do livro “Reestruturação bancária e precarização do trabalho nos anos 90”
O economista do Dieese Pedro Tupinambá faz uma análise sobre conjuntura econômica e o atual panorama brasileiro.
Marcos Verlaine fala sobre conjuntura política na Campanha 2012
Assessor parlamentar do Diap, Marcos Verlaine afirma que, com a proximidade da campanha, é fundamental que os bancários entendam o cenário político atual.
Do Seeb Brasília