Em visita à Contraf-CUT, novo presidente do HSBC nega saída do Brasil

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 O Brasil é um dos mercados mais importantes para o HSBC no momento e o banco não tem planos de deixar o país. Essa foi a resposta do presidente do banco inglês no Brasil, André Brandão, à cobrança feita pela Contraf-CUT durante visita à sede da entidade, em São Paulo, nesta terça-feira (8). O questionamento dos bancários foi feito por conta de boatos de que o HSBC estaria negociando sua participação no mercado brasileiro.

 

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André Brandão disse que banco inglês não tem planos de deixar o país

Brandão confirmou que o banco está avaliando seus negócios em todo o mundo e que deixou alguns mercados, como foi o caso do Chile. “O banco está revisitando seus negócios. Estávamos presentes em 87 países oferecendo a totalidade de nossos produtos e vimos que isso não era o caminho. Estamos olhando para a frente e concentrando nossos investimentos nos lugares que façam sentido”, disse.

“A indústria financeira está passando por questionamentos no mundo todo e também no Brasil. As novas regras certamente exigirão mais capital para garantir as operações e teremos que aumentar nossa eficiência”, salientou.

Segundo ele, o Brasil cumpre os critérios definidos pela direção do banco para avaliar as operações, especialmente crescimento econômico e demográfico e conexão com os demais países da rede do HSBC. “O Brasil é a sexta maior economia do mundo, a população cresce num ritmo acima de outros locais, e tem conexão com o mundo todo. O Brasil está no contexto do HSBC. O banco está aqui e vai ficar”, completou.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, a declaração de Brandão é importante para tranquilizar os bancários. “É importante ouvir da voz da instituição de que esses boatos são infundados”, afirmou.

O dirigente da Contraf-CUT cobrou de Brandão a manutenção e ampliação do canal de diálogo que tem havido com o banco. “Precisamos transformar esse diálogo em conquistas para os trabalhadores, de forma a valorizar a avançar no processo de negociação”, disse.


Negociação

A próxima negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC e os representantes do banco está marcada para o dia 4 de junho. As principais reivindicações dos bancários do HSBC são: valorização dos empregados com mais contratações, melhores condições de trabalho, fim das demissões, fim das metas abusivas e garantia de emprego com a reestruturação tecnológica da empresa.

Nos próximos dias também ocorrerá uma reunião entre o Sindicato e os representantes do HSBC em Brasília para tratar das demandas específicas. “Agora que conhecemos o novo presidente do HSBC, vamos cobrar avanços nas negociações”, afirma Paulo Frazão, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC. Frazão também participou da visita do presidente do HSBC à sede da Contraf-CUT.

Da Redação, com informações da Contraf-CUT