Em Taguatinga, Sindicato monta ringue dentro de agências e convoca bancários para luta contra demissões

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Agências bancárias da região administrativa de Taguatinga se transformaram em um ringue de luta entre bancários e banqueiros nesta terça-feira (20). O Sindicato mostrou o embate entre trabalhadores e patrões por meio de uma esquete teatral apresentada pelos artistas Luciano Astikon e José Ribeiro, mais conhecido como Pichula. A cena destacou a desigualdade de força que existe entre os bancos, com lucros enormes, e os trabalhadores, que parecem pequenos diante da precarização vivida no ambiente laboral. A categoria é massacrada com demissões, pressão para o cumprimento de metas abusivas, assédio moral,  falta de segurança, entre outros graves problemas.

O Sindicato organizou as cenas de teatro para mostrar de forma lúdica o estresse vivido diariamente pelas bancárias e bancários. Panfletos e faixas também denunciaram os problemas existentes nos bancos. Na ocasião, os trabalhadores divulgaram as reivindicações da categoria para a Campanha Nacional 2013, que tem o tema ‘Vem pra luta’.

“Essa luta mostra a disparidade que existe entre os banqueiros e os trabalhadores. Apesar de os bancos lucrarem cada vez mais, não valorizam os bancários, que tanto se esforçam para atingir as metas esperadas. Diante dessa situação, chamamos todos para a luta por melhores condições de trabalho”, afirmou a secretária-geral do Sindicato, Cida Sousa.

“A luta entre os bancários e os patrões é totalmente desigual. Os trabalhadores se esforçam para atingir os resultados e não são recompensados. Só a nossa mobilização é capaz de trazer as melhorias que reivindicamos”, completou o secretário Social e Cultural do Sindicato, Sandro Oliveira.

População apoia luta dos bancários

Logo após a apresentação da esquete teatral e dos esclarecimentos dos diretores do Sindicato sobre a Campanha Nacional 2013,  vários clientes e usuários manifestaram apoio aos trabalhadores. Técnica em enfermagem, Julcélia Barros aprovou as reivindicações da categoria.

“Eu vejo que as agências precisam de mais funcionários para atender a demanda que é grande. Os funcionários acabam estressados por atender tantas pessoas em pouco tempo. Por isso, apoio a luta dos bancários, que devem se unir para conquistar suas reivindicações”, frisou Julcélia.

“Estamos lutando por mais empregos. E mais empregos decentes, com garantias de direitos adequados para os trabalhadores. Queremos também o fim das demissões imotivadas que só precarizam a atividade bancária”, afirmou o diretor do Sindicato Adilson de Sousa.

Secretário de Comunicação e Divulgação do Sindicato, Jeferson Meira argumentou que os bancos usam de vários artifícios para turbinar seus resultados. “Para aumentar o lucro, as instituições financeiras demitem e contratam novos funcionários com salários menores, aumentam as metas dos trabalhadores e as tarifas cobradas dos clientes”.

A servidora pública Francisca Pereira concorda que os bancos utilizam manobras duvidosas para elevar o lucro. “Eu acho um absurdo as taxas e tarifas cobradas pelos bancos. Não temos um atendimento de qualidade e ainda pagamos caro por isso”, desabafou Francisca.

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Após negativas da Fenaban, bancários devem intensificar a luta

A segunda rodada de negociações da Campanha 2013, que tratou de saúde e condições de trabalho, emprego e igualdade de oportunidades, terminou na sexta-feira (16) sem avanços. Os bancos rejeitaram todas as reivindicações dos bancários apresentadas pelo Comando Nacional.

Em resposta à intransigência dos banqueiros, os bancários realizam, nesta quinta-feira (22), um Dia Nacional de Luta com passeatas em todo o país. Em Brasília, a concentração da atividade será na sede do Sindicato (EQS 314/315 – Bloco A). Em seguida, os trabalhadores percorrem a W3 Sul, com ponto de apoio na 504 Sul, e finalizam o ato no Setor Comercial Sul. Participe!

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília