Em reunião com Itaú, integrantes do COE cobram explicações sobre SQV

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A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú esteve reunida com a direção do banco e o departamento de relações sindicais nesta terça-feira (24), em São Paulo, para discutir o funcionamento do Score de Qualidade de Vendas (SQV). A Fetec-CUT/CN e o Sindicato dos Bancários de Brasília foram representados pelo diretor Robertinho Alves.

A apresentação do SQV aos dirigentes sindicais de todos o país é uma tentativa do banco de justificar a implantação do programa, visando dar maior transparência e qualidade nas vendas dos produtos feitas pelo corpo funcional, além de ser uma forma de controle total de quem fez e para quais clientes fez.

O movimento sindical questionou o impacto do SQV no programa Agir, visto que há a impossibilidade de o funcionário vender três ou mais “PICs” por exemplo, ou outro produto do banco, para o mesmo cliente. Ou se houver cancelamento de um produto, seguido da compra de outro. O banco não respondeu esta indagação.

“Ouvimos a apresentação do banco, porém diversas dúvidas não foram esclarecidas. Por isso, pautaremos uma negociação com o Itaú, com data a ser definida”, informa o diretor do Sindicato Robertinho Alves (foto acima), que é titular da COE/Itaú.

Robertinho acrescentou: “Queremos ouvir os envolvidos diretamente, ou seja, o funcionário que faz todas as negociações, que cumpre todas as metas e que desenvolve seu trabalho para prestar um melhor atendimento aos clientes e mantê-los no Itaú, considerando que temos de trabalhar de forma tranquila, honesta e capacitada”.

Os integrantes do COE ressaltam que o SQV envolve cerca de 35 mil trabalhadores diretamente, e é fundamental que todos tenham noção do que representa tal programa. “Por causa do SQV já houve advertências e até demissões de alguns trabalhadores do Itaú”, comentam.

Demissões

Com relação às demissões que vêm ocorrendo em todo o país, e sobre a falta de funcionários nas agências para atender os clientes, os representantes dos trabalhadores exigem do banco um número maior de contratações, para tirar a sobrecarga de trabalho que hoje prejudica e adoece tantos na instituição.

Assédio moral

Sobre o aumento do assédio moral, por parte dos gestores, os integrantes do COE cobraram o fim desta prática condenável, que só traz insatisfação e desmotivação, bem como o adoecimento dos trabalhadores.

Não seria hora do banco tomar atitudes contra os gestores que usam e abusam do “poder” que têm, para obter resultados a qualquer custo?

Da Redação