Em Dia Nacional de Luta, bancários do HSBC exigem fim das demissões e melhores condições de trabalho

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Contra o descaso da direção do HSBC com os trabalhadores, bancários de todo o país realizaram nesta quinta-feira (14) um Dia Nacional de Luta. A atividade é uma resposta da categoria para a frustrante negociação permanente com banco inglês sobre emprego, remuneração e previdência complementar, ocorrida no último dia 4, em São Paulo. Na ocasião, a instituição financeira não avançou em nenhum tema. Em Brasília, onde foram demitidos 15 bancários, todas as agências das asas Sul e Norte tiveram suas atividades suspensas nesta quinta.

 

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No Distrito Federal, uma nova unidade foi aberta em Taguatinga Sul e nenhum bancário foi contratado. O banco apenas transferiu trabalhadores de outras agências para o local.

 

“Queremos que banco acabe com essas demissões imotivadas. O banco abre novas agências mas não contrata e precariza ainda mais as condições de trabalho e de atendimento. Na negociação do dia 4 de junho, os representantes da instituição foram categóricos ao afirmar que não farão novas contratações. Não vamos nos calar diante dessa situação”, afirmou o diretor do Sindicato Raimundo Dantas, que também é bancário do HSBC.


Novo modelo, mais exploração

Além das demissões, o banco tem apostado em um modelo que explora os funcionários e piora o atendimento bancário. A nova plataforma de trabalho apresentada pelo banco vai mudar a função de vários bancários com a implantação de tesoureiros virtuais e também diminuir o atendimento ao público.

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Apesar de o Brasil ser o quarto mercado mais relevante do banco, atrás de Hong Kong, Reino Unido e China, o HSBC não valoriza seus funcionários brasileiros.

Além dos problemas com a sobrecarga de trabalho, o HSBC ainda ‘maquiou o lucro líquido do banco com um Provisionamento para Devedores Duvidosos (PDD) maior do que em 2010.

 

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“Com a manobra no provisionamento, o HSBC vai diminuir o valor pago aos empregados da PLR e do PPR/PSV. O HSBC tem que ter mais responsabilidade com os bancários e nós vamos pressionar o banco para que isso ocorra”, ressaltou Paulo Frazão, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.


Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília