Em Dia Nacional de Luta, bancários do HSBC cobram fim das demissões e melhores condições de trabalho

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Os bancários do HSBC promoveram um Dia Nacional de Luta na quinta-feira 1º de setembro. Em Brasília, foram percorridas quatro agências: no Gama, Lago Sul, 502 Sul e 509 Sul para cobrar do banco o fim das demissões e melhores condições de trabalho para os funcionários

 

A categoria refuta a pesquisa feita pela consultoria internacional Great Place to Work que mostra o banco no ranking das 100 Melhores Empresas para Trabalhar. “Para nós a realidade é outra. Os próprios funcionários foram pressionados a responder à pesquisa de forma favorável à instituição financeira. A realidade é outra: assédio moral, adoecimento, demissões e rotatividade continuam”, afirma Paulo Frazão, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.

 

O HSBC no Brasil anunciou lucro líquido de R$ 611,9 milhões no primeiro semestre deste ano. O valor é 44,25% superior ao registrado em igual período de 2010. Junto com os resultados, o banco inglês anunciou a contratação de 605 novos funcionários no país. Porém, a rotatividade ainda se apresenta como um fator preocupante. No mesmo período, foram admitidos 1.957 trabalhadores e dispensados 1.352.

 

“Apesar do saldo positivo de 605 empregos, as demissões atingem geralmente os empregados com salário maior, sendo substituídos por outros com remuneração inferior”, diz Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. “A maioria dos novos contratados é jovem, com salários rebaixados ou bancários oriundos de outros bancos com salários mais elevados que os empregados que já exerciam a mesma função no banco”, completa Raimundo Dantas,  diretor da Fetec-CN.

 

Em Brasília, o Sindicato vai continuar percorrendo as agências para mobilizar a categoria e pedir o apoio dos clientes e usuários por mais contratações e valorização dos trabalhadores e consequente melhoria no atendimento.

 

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília