Em Dia Nacional de Luta, bancários cobram aumento real e PLR maior

0

Em mais um Dia Nacional de Luta dos Bancários, o Sindicato e a Fetec-CUT-CN voltaram a se reunir com os trabalhadores, nesta segunda-feira (12), desta vez em frente ao edifício Sede 3 do BB, na Praça do Cebolão, para reforçar a mobilização por reajustes na remuneração, nesta semana decisiva para a categoria. A atividade ocorreu um dia antes da 7ª rodada de negociações da Campanha Nacional 2024 com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Os dirigentes sindicais exigem que os bancos negociem de forma séria e mais respeitosa e cobram mais valorização dos funcionários, com aumento real e PLR maior. Reiteraram que as metas abusivas adoecem os trabalhadores. E conclamaram os funcionários a participarem das mobilizações para manutenção dos direitos e para avançar cada vez nas conquistas da categoria bancária.

Numa forma de contestação pelo que vem ocorrendo na Vice-Presidência de Varejo (Vivar) do BB, que, diariamente, entrega ‘abacaxis’ para serem ‘descascados’ pelos funcionários, os participantes do ato foram servidos com salada de frutas. A denúncia é que a parametrização das metas, a falta de condições adequadas de trabalho e os programas de avaliação da empresa potencializam o individualismo e adoecem o corpo funcional.

“Por isso, viemos dar nosso recado e exigir que venham propostas decentes na mesa de negociação que valorizem o bancário, tanto amanhã (13) quanto na quarta (14), dias decisivos para a categoria. Caso contrário, vai ter muita luta, porque os abacaxis vão ser descascados”, enfatizou o presidente da Fetec-CUT-CN e membro do Comando Nacional dos Bancários, Rodrigo Britto.

Lucros exorbitantes

Na última mesa de negociação, realizada quarta (7), os trabalhadores apresentaram aos bancos dados que comprovam que, no Brasil, as instituições seguem obtendo lucros e rendimentos exorbitantes. No entanto, os representantes da Fenaban contestaram, alegando aumento da concorrência e, ainda, fizeram sugestões de propostas que precarizam direitos e rebaixam salários no setor, prontamente recusadas pelo Comando Nacional dos Bancários.

O Comando também exigiu que na próxima de amanhã (13), os bancos apresentem propostas sobre a série de reivindicações já levadas às mesas de negociação e que incluem:

  • Aumento real salarial, melhora na PLR, VA/VR e demais remunerações, como auxílio creche e babá;
  • Saúde e condições de trabalho, com foco no fim do adoecimento da categoria;
  • Combate ao assédio moral e sexual;
  • Direito à desconexão;
  • Direito das pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
  • Igualdade de oportunidade e igualdade salarial, entre gênero e raça;
  • Mais mulheres na TI;
  • Olhar especial para as trabalhadoras e os trabalhadores transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo, para que, além de terem acesso às vagas no setor, consigam permanecer e ascender na carreira.

    Mariluce Fernandes
    Do Seeb Brasília