Em Dia Internacional de Luta, Bancários de Brasília cruzam os braços e exigem o fim das demissões no HSBC

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CEDOC-25062013 Dia Inter.de Luta HSBC Ag.N.Bandeirante - fotosGuina 35

Contra as demissões em massa e por condições dignas de trabalho, mais respeito e valorização, os bancários e bancárias do HSBC de Brasília aderiram, nesta terça-feira (25), ao Dia Internacional de Luta na América Latina. Apoiado pelo Sindicato, o movimento paralisou as agências do Núcleo Bandeirante e do Lago Sul numa demonstração de unidade e força. Fechadas até as 12h, as unidades foram escolhidas para a realização das manifestações porque apresentam déficit de gestores.

CEDOC-25062013 Dia Inter.de Luta HSBC  Ag.Lago Sul - fotosGuina 33

“Estamos aqui para denunciar as práticas nefastas do HSBC, que demitiu exatos 1.002 bancários e bancárias em 2012 e pratica uma grande rotatividade de mão de obra em todo o país, incluindo Brasília”, afirmou o diretor do Sindicato Paulo Frazão, que também é bancário do HSBC.

Durante os protestos, o Sindicato distribuiu o jornal Análise e uma carta aos clientes denunciando as demissões e as práticas ilegais do banco inglês, que é um dos que mais lucram no país.

“Nossa manifestação foi muito bem recebida pela população e pelos clientes, que estão cansados das altas tarifas, dos juros e do atendimento nas agências”, disse o diretor do Sindicato Raimundo Dantas, também bancário do HSBC. “O banco precisa contratar mais bancários e criar dois turnos de trabalho para melhorar o atendimento aos clientes e usuários da instituição financeira”, acrescentou.

A mobilização desta terça foi definida durante a 9ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, realizada entre os dias 6 e 8 de maio, em Assunção, promovida pela UNI Américas Finanças e Comitê de Finanças da Coordenadoria de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), com apoio da Federação dos Trabalhadores Bancários e Afins do Paraguai (Fetraban).

Na ocasião, os integrantes da rede sindical do HSBC avaliaram a atuação do banco no Brasil, México, Argentina e Uruguai. Ficaram constatadas as péssimas condições de trabalho e os sindicatos não aceitam que os cortes de despesas e provisionamentos bilionários por conta das ilicitudes praticadas pela alta cúpula do banco, como lavagem de dinheiro e venda irregular de produtos, recaia sobre os trabalhadores, levando a exigência de cumprimento de metas cada vez mais abusivas e não garantindo emprego decente.

Negociações

Os dirigentes sindicais discutem as reivindicações dos trabalhadores com os representantes do HSBC nos próximos dias 2, 30 e 31 de julho. O Sindicato dos Bancários de Brasília enviará representante para as negociações.

 
Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília