Em dia de negociação com a Fenaban, Sindicato intensifica mobilização na W3 Sul

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A Campanha Nacional 2013, que tem o tema ‘Vem Pra luta’, segue a todo vapor com a mobilização da categoria no Distrito Federal. Diretores do Sindicato percorreram nesta quinta-feira (5), dia de rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), as agências da W3 Sul para conversar com os bancários e com a população sobre a Campanha e outros temas de interesse dos trabalhadores.  

Durante as visitas às agências, inúmeros bancários reclamaram da pressão excessiva para o cumprimento de metas, das demissões e da sobrecarga de trabalho.

Os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) tiveram lucros astronômicos que somam R$ 15,905 bilhões no primeiro semestre de 2013. Apesar dos lucros, eliminaram juntos 5.988 postos de trabalho.

O Santander é campeão de demissões com o corte de 2.290 empregos no país. Já o Itaú que demitiu 2.264 pessoas. O Bradesco extinguiu 1.434 vagas. 

“Os bancos, que precisam contratar mais bancários para melhorar o atendimento, fazem justamente o contrário. O Santander é uma dessas instituições financeiras que continua demitindo e sobrecarregando os bancários. As metas continuam as mesmas apesar das demissões. As condições de trabalho estão precárias e o assédio moral está cada vez mais presente nas dependências”, afirmou a secretária de Administração do Sindicato, Rosane Alaby.

Bancários, clientes e usuários do sistema financeiro receberam panfletos que denunciam os problemas nos bancos e alertam sobre a importância da mobilização para avançar nas conquistas.

Não ao PL 4330 da precarização 

O projeto de lei 4330/2004 foi um dos principais temas tratados durante as visitas às agências da W3 Sul. O PL, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), regulamenta a terceirização sem limites, ameaça os direitos estabelecidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), limita as conquistas das convenções e acordos coletivos com os trabalhadores.

A mobilização dos trabalhadores, apoiada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), conseguiu adiar a votação do PL diversas vezes. “Nós estamos reafirmando a necessidade da participação de todos os trabalhadores nesta luta contra o PL da precarização, que flexibiliza as relações de trabalho para piorá-las e diminuir os custos dos empresários. Não podemos permitir que este projeto seja aprovado”, destacou a diretora do Sindicato Helenilda Ribeiro. 

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília