Em consulta ao Corpo Social, 82% dos associados aprovam a proposta para a Cassi

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Foram dois anos de forte atuação das entidades representativas do funcionalismo até chegar à proposta final

Em consulta ao Corpo Social encerrada nesta segunda-feira (21), os associados da Cassi, da ativa e aposentados, aprovaram a proposta negociada entre os representantes dos trabalhadores e do Banco do Brasil para equacionar as contas da Caixa de Assistência.

Do total de participantes, 98.257 optaram pelo ‘sim’, o que representa 82% dos votantes. Os votos pelo ‘não’ somaram 19.535. Eram necessários dois terços dos votos válidos para a aprovação da proposta. O Sindicato orientou o voto ‘sim’.

Foram dois anos de negociações até chegar à proposta final, que garante aporte de R$ 40 milhões mensais à Cassi até dezembro de 2019. Os associados ativos e aposentados recolherão R$ 17 milhões, por meio de contribuição extraordinária de 1% sobre o salário ou aposentadoria, até dezembro de 2019. Durante o mesmo período, o BB aportará R$ 23 milhões mensais, reajustados anualmente pelo índice FIPE-Saúde, para reembolsar despesas com programas e unidades próprias da Cassi, obrigação que será prevista em contrato celebrado entre a Cassi e o banco.

Além disso, o acordo prevê a implantação do Comitê de Auditoria, e será feita a revisão de processos com auxílio de consultoria contratada com recursos do banco, para melhorar os serviços de saúde, agilizar o atendimento e racionalizar despesas visando equacionar o déficit estrutural da Cassi.

Serão preservados todos os direitos dos associados, programas de saúde como fornecimento de remédios e atendimento domiciliar a doentes crônicos e a sustentabilidade da Cassi. As entidades do funcionalismo rechaçaram a proposta inicial do banco, que jogava nas costas dos associados a cobertura do déficit, transferia o passivo pós-laboral acabando com a contribuição aos aposentados e quebrava a solidariedade, que sempre foi a maior força da Cassi. Depois de muita pressão, o banco aceitou realizar aportes, o que levou à assinatura de memorando de entendimentos e consulta ao Corpo Social.

“Com a aprovação do acordo, é fundamental o controle do funcionalismo sobre o processo, para que as ações estruturantes sejam implementadas visando a sustentabilidade da Cassi”, defende o diretor do Sindicato Rafael Zanon, que integra a Comissão de Empresa representando a Fetec-CUT/CN nas negociações com o BB. 

Da Redação