Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual: Momento de reflexão sobre inclusão e combate ao preconceito

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Nesta quarta-feira (13), celebra-se o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual. A data foi instituída em 1961, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para questões importantes, como a necessidade de garantia de direitos e a inclusão dessas pessoas na sociedade, além de combater o preconceito e a discriminação. Antes chamado de Dia do Cego, o nome foi alterado porque a deficiência visual não se trata apenas de cegueira, mas também de baixa visão.

Secretária de Saúde da Fetec-CUT/CN, Rafaella Gomes destaca que neste Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual é fundamental refletir sobre a importância da inclusão e do combate ao preconceito. “Não se trata apenas de celebrar, mas de reafirmar nossa luta por direitos e por uma sociedade que reconheça e respeite a diversidade. Vamos unir forças para garantir acessibilidade, oportunidades e dignidade”, pontua.

De acordo com o IBGE, no Brasil cerca de 6,5 milhões de pessoas apresentam deficiência visual severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão (0,3% da população) e 6 milhões, grande dificuldade para enxergar (3,2%).

No DF, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 aponta que 63 mil pessoas (2,1% da população de deficientes) de 2 anos ou mais residentes no DF disseram ter deficiência visual. O percentual era maior para 43 mil mulheres (2,7% da população feminina com 2 anos ou mais de idade), representando 68% das pessoas deficientes visuais da capital federal.

A proporção de deficientes visuais é maior para pessoas com 60 anos ou mais – 5,5% dos 154 mil deficientes no DF, e entre as pessoas negras com 2 anos ou mais, o que representa 2,7%. Sob o prisma do nível de instrução escolar, as porcentagens são maiores para pessoas com 18 anos ou mais.

O que é deficiência visual?

A deficiência visual pode ser definida como a perda total ou parcial da visão e pode ser congênita ou adquirida. Cegueira é o termo usado para a perda total de visão, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille ou de sistemas que verbalizam textos em computadores e celulares para a comunicação de leitura e escrita.

Baixa visão é o termo usado para a pessoa que tem sua função visual comprometida, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para executar algumas tarefas. Seu resíduo visual lhe permite ler impressos com o auxílio de recursos de tecnologia assistiva, como letras ampliadas, lupas e ampliadores de tela, por exemplo.

Pessoas com miopia, astigmatismo ou hipermetropia, que podem ter a visão corrigida por meio do uso de lentes ou cirurgias, não são consideradas pessoas com deficiência visual.

Cão-guia garante segurança

Em Brasília, há o Programa Cão Guia de Cegos, que dá um suporte para as pessoas com deficiência visual. É realizado pela Associação Brasiliense de Ações Humanitárias (ABA), em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar, através da Assessoria de Programas Sociais (Apros).

O cão-guia tem a responsabilidade de guiar a pessoa com deficiência visual para qualquer lugar, sendo treinado para desempenhar com precisão o seu trabalho e garantir a segurança do seu dono.

Da Redação