Desesperada com a força da greve, direção do BB mente e tenta confundir e desmobilizar funcionários

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A mando do Banco do Brasil, o diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas, Carlos Eduardo Leal Neri, um dos negociadores do banco, voltou a emitir comunicado interno nesta sexta-feira (7) em mais uma tentativa desesperada de enfraquecer a greve dos bancários, que já é a maior das últimas duas décadas. Logo no início do texto, denominado boletim pessoal, o autor mente sem pudor ao afirmar que negocia diariamente com os trabalhadores.

 

A verdade que o BB insiste em tentar esconder dos funcionários, seu maior patrimônio, é que seus negociadores não participam de negociação com o Comando Nacional dos Bancários desde 20 de setembro. Desde então, o banco vem usando de todos os artifícios, inclusive interditos proibitórios, para impedir a greve, direito legítimo garantido aos trabalhadores pela Constituição Federal e pela legislação trabalhista em vigor no país.

 

“Essa postura equivocada da direção do banco, totalmente desalinhada com um governo que se diz democrático e popular, nos remete às piores épocas vividas pelos bancários do BB”, lembra o diretor do Sindicato Eduardo Araújo, que também é coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

Cinismo

A mesma mentira que o BB insiste em sustentar também foi publicada nos comunicados dos dias 28 e 30 de setembro. “Em vez de o banco agendar uma negociação e apresentar uma proposta realmente decente aos seus funcionários, prefere continuar tentando enganar os bancários com esse teatro. É um comportamento cínico e não condizente com um banco público e que se propõe adotar as melhoras práticas de governança”, critica o dirigente sindical.

 

Em outro trecho do boletim, o BB afirma que ‘está avaliando e debatendo várias questões internas do banco’, ao se referir às reivindicações específicas dos bancários. Essa mesma desculpa protelatória e insustentável vem sendo repetida à exaustão desde o início das negociações específicas.

 

O Sindicato dos Bancários de Brasília repudia com veemência tal postura da direção do BB e espera a volta do diálogo e da lucidez entre seus negociadores.

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília