Desconto assistencial garante a mobilização e continuidade da luta

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Contrariando todo um cenário adverso – a crise financeira internacional e o discurso do governo e dos bancos contra o aumento de salários –, os bancários garantiram reajuste salarial de 9%, com aumento real, valorização dos pisos, PLR maior, além de itens relacionados à saúde e à segurança. Todas essas conquistas só foram possíveis graças à luta e mobilização da categoria ao longo da Campanha Nacional 2011, reforçadas pela organização, planejamento, estratégia e infraestrutura, que despendem grande investimento do Sindicato.

Os investimentos efetuados na Campanha Nacional deste ano, entre os quais se inclui a realização de todos os congressos locais e nacionais, além dos 21 dias de greve, são cobertos pela contribuição assistencial, uma das verbas que sustentam a atuação sindical e custeiam as despesas específicas com as campanhas salariais realizadas anualmente.

A contribuição assistencial foi aprovada previamente em assembleia geral da categoria após o Congresso do Sindicato, realizado em julho, dando uma autonomia à direção da entidade para não poupar esforços para fazer o enfrentamento com o poderio econômico dos bancos.

 

O percentual da contribuição neste ano será de 1% (um por cento) sobre o salário bruto. A contribuição será recolhida de todos os bancários, sindicalizados ou não, de bancos públicos e privados.

Muito antes da greve, o Sindicato organizou diversas atividades, entre reuniões nos locais de trabalho, assembleias, encontros de delegados e seminários por segmentos de bancos, o Congresso do Sindicato, além de enviar delegados à 13ª Conferência Nacional dos Bancários em julho, em São Paulo, ao 22º Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil e ao 27º Conecef, também em São Paulo.

Investimentos

Além disso, houve investimentos significativos para montar a infraestrutura e organização da greve e de atividades de campanha, como aluguel de equipamentos de som, comunicação, palco, banheiros químicos, tendas, veículos de transporte, contratação de prestadores de serviços e de mensageiros, marmitas, gráfica, alimentação, combustível, bem como material de divulgação e propaganda para a categoria e para esclarecimento da população, como anúncios nas emissoras de rádio e TV. E também faixas, adesivos variados, cartazes, balões, panfletos, jornais, carros e caminhões de som e músicos para ações de convencimento e manifestações.

“Para enfrentar os bancos, que integram um dos setores mais fortes da economia, é preciso investir em organização, planejamento, estratégia e infraestrutura. O bancário que é consciente e sabe dos gastos que envolvem uma Campanha Nacional certamente vai autorizar a contribuição sindical para fortalecer ainda mais nossa luta, que é diária”, afirma o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto.

Oposição à contribuição

Os acordos 2011/2012 preveem a realização do desconto assistencial, nas cláusulas 53ª da CCT; 50ª do BB; 33ª da Caixa; e 60ª do BRB.

 

Os bancários que queiram fazer o pedido de oposição à cobrança devem comparecer pessoalmente à sede do Sindicato (SHCS EQ 314/315 Bloco A) no período de 1º a 16 de novembro, das 9h às 18h, munidos obrigatoriamente de crachá. Além disso, deverá entregar uma carta, em duas vias, se opondo à contribuição, na qual conste nome completo, banco, matrícula funcional com dígito, prefixo da lotação e o nome da dependência. Esses dados são exigidos pelo próprio banco e são de responsabilidade do requerente. Não será aceita solicitação por terceiros.

 

Da Redação