Demissões imotivadas levam bancários do Itaú Unibanco a protestarem em todo o país

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A quebra de compromisso da direção do Itaú Unibanco – que havia garantido que não ocorreriam demissões nas agências e departamentos da instituição financeira – obrigou bancários de todo o país a protestarem contra as dispensas imotivadas e por mais valorização dos trabalhadores e melhores condições de atendimento aos clientes e usuários. Em Brasília, o Sindicato realizou manifestação, com a paralisação dos serviços, na unidade do Financial Center, localizado na Asa Norte, mesmo local onde um empregado foi demitido recentemente sem justificativa.

 

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Clientes e usuários que aguardavam a abertura da agência apoiaram o ato pacífico dos bancários com uma salva de palmas. “Os bancários têm que lutar mesmo contra as demissões e por melhores condições de trabalho. Dou total apoio”, declarou uma cliente, que preferiu não se identificar.

Durante a manifestação, diretores do Sindicato entregaram panfleto que explicava os motivos da breve paralisação da agência. O Sindicato exige mais contratações e cobra mais valorização dos trabalhadores, que tanto se esforçam para atingir as metas impostas pelo banco, que a cada ano apresenta lucros recordes às custas de pressão sobre os bancários.   

  
Ao final do ato, a diretora do Sindicato e funcionária do Itaú Unibanco Louraci Morais agradeceu o apoio e a compreensão dos clientes e usuários do banco. “Estamos na luta para melhorar as condições de trabalho dos bancários e as de atendimento”, acrescentou.

Também participaram da manifestação os diretores do Sindicato Raimundo Dantas, Cida Sousa, Cristiano Severo e Romero Carvalho. “Para aumentar seus lucros, os bancos estão reduzindo o número de caixas e forçando os clientes a utilizarem os terminais de autoatendimento”, lembra Severo.

 

Demissões

Somente em maio, foram demitidos mil bancários em São Paulo. Em Brasília, o Sindicato recebeu denúncia de um bancário demitido neste mês sem justificativa. O funcionário ficou afastado com problemas de LER/Dort (doenças ocupacionais), ocasionados pelo excesso de trabalho, e acabou demitido algum tempo depois de retornar ao trabalho. “É essa a recompensa que o Itaú oferece aos que contribuem por mais de uma década para elevar seus lucros”, critica Louraci.      

 
O Sindicato está tomando as medidas cabíves para reverter a demissão do bancário da agência do Itaú Unibanco do Corporate Center. “Caso o banco não reintegre o trabalhador, o Sindicato vai lutar na Justiça para garantir o direito do bancário, que foi demitido injustamente”, completa Louraci.

Um dia depois do desligamento do bancário, o Sindicato enviou uma carta pedindo explicações à direção do Itaú Unibanco sobre a demissão injustificada. O Sindicato agora aguarda uma resposta do banco.

 

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília