Definições do Conecef incluem luta por mudança no plano de carreira e democracia na gestão da Caixa

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Rede de Comunicação dos Bancários
Evando Peixoto/Fenae

O 24º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), encerrado nesta terça-feira, em São Paulo, debateu e aprovou propostas que apontam para o avanço da luta dos trabalhadores, rumo a novas conquistas.

Como desdobramento da recente e vitoriosa mobilização que resultou na implantação do novo plano de cargos e salários (PCS), os empregados passam agora a exigir mudanças no PCC, para a solução dos vários problemas relacionados a cargos em comissão. Vão cobrar também a democratização da gestão da empresa, com eleição de representante para o Conselho de Administração.

Além da luta por mudanças no plano de carreira e por democracia na gestão da empresa, o Conecef definiu também como eixos para a campanha específica deste ano isonomia entre todos os empregados, jornada de 6h, tíquete e cesta-alimentação para todos os aposentados e pensionistas e recomposição do poder de compra dos salários.

As reivindicações aprovadas pelo Conecef englobam questões relacionadas à Funcef/Prevhab, ao Saúde Caixa, à estruturação da carreira, à representação dos trabalhadores na gestão da Caixa e à organização do movimento. Confira, a seguir, a principais deliberações:

Funcef/Prevhab/Aposentados

• Solução do processo de migração dos participantes da Prevhab para a Funcef.
• Recomposição dos benefícios das mulheres que se associaram à Funcef até junho de 1979 e que se aposentaram proporcionalmente.
• Extensão do auxílio cesta-alimentação para todos os aposentados e pensionistas.
• Recomposição do poder de compra dos benefícios.
• Pagamento de PLR aos aposentados por invalidez, com custo para a Caixa.
• Plano de saúde (Plano Família) para filhos acima de 24 anos.

Saúde Caixa / Saúde e Condições de Trabalho

• Inclusão dos filhos com necessidades especiais maiores de 21 anos como dependentes diretos.
• Mudança do caráter do Conselho de Usuários, de consultivo para deliberativo.
• Ampliação e aperfeiçoamento da estrutura de gestão do plano de saúde.
• Reconhecimento das atividades de avaliador de penhor e de técnico de operações de retaguarda como insalubres.
• Garantia de incorporação do valor da comissão de cargo e CTVA aos salários em razão de seqüelas por acidente de trabalho.
• Adoção do salário global do empregado para fins de cálculo dos adicionais de insalubridade e periculosidade.
• Extensão do Saúde Caixa para os aposentados que saíram por meio do PADV.
• Extensão do auxílio-funeral aos dependentes inscritos no Saúde Caixa.
• Fim do assédio moral e de todas as formas de violência organizacional.

Estruturação da carreira na Caixa

• Criação de comissção formada pelas entidades que compôem a CEE/Caixa para construção de plano em substituição ao PCC.
• Isonomia de direitos entre novos e antigos empregados com extensão da licença-prêmio, anuênios e VP e com normatização das Apip.
• Valorização do cargo de caixa/PV com aumento dos valores de comissão e piso de mercado.
• Equiparação salarial dos caixas de retaguarda com os caixas/PV.
• Extinção dos diferenciais de mercado A, B e C, com equiparação dos pisos nos valores do mercado A.
• Extinção dos diferenciais de classe de filiais, com equiparação dos pisos aos valores das filiais classe I.
• Maior peso na avaliação dos serviços e produtos sociais da Caixa.

Representação dos trabalhadores na gestão da Caixa e outros temas

• Eleição de representante dos empregados para o Conselho de Administração da Caixa.
• Garantia ao empregado, dentro de sua jornada de trabalho, de tempo para leitura dos normativos e suas alterações, bem como para realização de cursos da Universidade Caixa.
• Adoção de critérios para definição de LAP negociados com os representantes dos empregados.
• Ampliação do número de técnicos sociais.
• Treinamento presencial para os empregados da área social nas agências.
• Alocação de cargos técnicos e gerenciais para a área de transferência de benefícios nas agências.