É no mínimo um contra-senso e um retrocesso nas relações de trabalho a edição pela Caixa Econômica da circular interna que restringe o uso da internet pelos bancários a acessos a sites com domínio .com (ponto com). Pelas novas regras, só são permitidas as consultas a sítios com domínio .gov, .edu e .org.
O tema constituiu pauta da última rodada das negociações permanentes entre o movimento sindical e a direção do banco, que, após pressão dos representantes dos trabalhadores, recuou num ponto da circular, e vai ampliar o acesso a endereços .com desde que sejam de entidades representativas.
A Caixa caminha na contramão das grandes instituições, além de seguir por fora num mundo cada vez mais competitivo, onde o acesso a informações se tornou fator determinante para uma boa colocação no mercado de trabalho. Sem falar no caráter generalizante da circular, por tentar conter excessos de meia-dúzia de funcionários penalizando a todos. É muito antiquado tudo isso, anacrônico, afirmou Enilson da Silva, diretor do Sindicato.
É uma decisão ultrapassada, arbitrária, retrógrada. Nada justifica uma política de censura como essa. Pode haver controle, mas sem que se coíba o uso da internet desta maneira. Enquanto o mundo caminha para frente, a Caixa dá marcha à ré.