Decisão da Caixa sobre as dívidas é unilateral e não atende aos bancários

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O Sindicato não reconhece como sendo resultado das negociações com as entidades sindicais e com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) a decisão anunciada pela direção da Caixa de renegociar as dívidas dos bancários.

“ A decisão da empresa é unilateral e não atende as necessidades dos empregados. As condições impostas pela Caixa para a renegociação são inalcançáveis e piores do que o bancário já tem”, critica Enilson Cardoso da Silva, secretário-geral do Sindicato. “Queremos a renegociação das dívidas em outras bases, que se enquadrem na realidade vivida pelos empregados.”

A renegociação das dívidas é uma cláusula importante do acordo salarial do ano passado. Foi incluída na pauta de reivindicações para aliviar a situação dramática de dificuldades financeiras enfrentada por grande parte da categoria, em razão do achatamento salarial promovido sobretudo no governo FHC. A aceitação dessa cláusula por parte da direção da Caixa foi uma das razões pelas quais os bancários decidiram encerrar a greve.

‘Queremos uma renegociação realista’

Nas negociações posteriores sobre os índices e parâmetros da renegociação das dívidas, no entanto, não houve acordo diante da negativa da direção da empresa em atender as reivindicações dos bancários.

O Sindicato considera a decisão unilateral da Caixa de reduzir as taxas de juros para crédito consignado, variando de 1,75% a 1,99% dependendo do prazo, para pagamento entre 6 e 48 meses, desvantajosa para os empregados.

“ O bancário não vai se iludir com comunicados desse tipo porque as condições exigidas pela Caixa para abrir o crédito não atendem a ninguém”, diz Enilson. “O Sindicato quer uma renegociação realista da dívida.”