Crise dentro da crise: em boletim, Dieese alerta para efeitos da má gestão da pandemia no mundo do trabalho

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Antes mesmo da pandemia do novo coronavírus, o Brasil já vivia uma crise econômica e social iniciada em 2016. No mundo do trabalho, as reformas trabalhista e previdenciária pavimentaram um cenário ainda mais desastroso, onde a precarização é realidade e a fome amarga a vida de milhões de brasileiros.

De acordo com o Boletim Especial 1º de Maio, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apesar das taxas de desocupação terem caído pouco após as reformas, desalento e subocupação cresceram de forma expressiva. Hoje, quem trabalha precisa lidar com a informalidade legitimada pela reforma trabalhista. A quantidade de trabalhadores informais cresceu 5,1%, enquanto a de formais subiu apenas 1,6%.

O bolso e a dispensa também sentiram os efeitos da má gestão do governo Bolsonaro. Segundo o documento do Dieese, “em 2020, após o início crise do coronavírus, a massa de rendimentos mensal do trabalho caiu 6%, passando de R$ 217,8 bilhões para R$ 204,9 bilhões, o que significa R$ 13 bilhões a menos no bolso dos trabalhadores, todos os meses, e um menor volume de renda disponível para o consumo, o que dificulta a retomada do crescimento econômico”.

Além disso, o fim da política de valorização do salário mínimo, o esvaziamento dos estoques reguladores de alimentos, os preços dos combustíveis e do gás e a alta dos produtos básicos de alimentação empurraram o Brasil de volta ao mapa da fome, escancarando o projeto político genocida de Bolsonaro.

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