Coronavírus: presidente do BB quer que população seja infectada “o quanto antes”

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Na contramão das maiores autoridades sanitárias do país e dos organismos de saúde internacionais, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, defende que a população seja infectada o “quanto antes” para evitar quebra da economia. “Depressão econômica também mata muita gente, principalmente entre os mais pobres”, disse ele.

“Deixa essa gente trabalhar”, desdenhou Novaes em recente entrevista, compactuando da mesma opinião do presidente Bolsonaro, único chefe de Estado do mundo a se opor à quarentena como forma de impedir a disseminação da Covid-19, contradizendo as recomendações do Ministério da Saúde e pondo em risco a população.

Na semana passada, Novaes já havia manifestado ser favorável ao fim do distanciamento social, reforçando a tese de seu chefe de que “o povo logo enfrentará um mal maior do que o vírus se tudo seguir parado”, numa clara demonstração de desvalorização à vida.

Na verdade, ao incentivar o retorno às ruas, com a suposta preocupação de que a economia do país entrará em colapso, Bolsonaro, com o reforço de Novaes, esconde a real intenção do governo que é a de proteger os interesses das elites.

Solidariedade de classe

Diante desse descompasso governamental com a pandemia da Covid-19 que se alastra vertiginosamente, o Sindicato reforça a importância da solidariedade de classe. E cobra sensatez e mudança de postura dos banqueiros, especialmente do senhor Rubem Novaes, que mais uma vez demonstra descaso com os trabalhadores e com os mais pobres.

“Reiteramos que a proteção à saúde e à vida de todos os cidadãos, indistintamente, é soberana e acima de qualquer interesse político. Asseguramos que continuamos acompanhando a evolução da crise sanitária e cobrando medidas tempestivas e efetivas por parte das instituições financeiras e dos poderes públicos”, ressalta o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília