Contraf-CUT e Sindicato rejeitam proposta da Caixa para a promoção por mérito

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A Contraf-CUT, federações e sindicatos realizaram nesta segunda (12) e terça (13) reunião da comissão paritária para a promoção por mérito com a Caixa Econômica Federal. O Sindicato dos Bancários de Brasília tem assento na comissão e esteve presente nas discussões sobre as regras de avaliação de desempenho.

Crédito: Augusto Coelho
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O encontro foi gerado para discutir os critérios a serem adotados e definidos para o ano-base de 2012. A promoção por mérito, uma conquista dos empregados, acontece há quatro anos e consagra os empregados que atinjam bom desempenho no exercício de suas funções. Os fatores levados em consideração para tal são aperfeiçoados a cada ano. A Contraf-CUT luta para que os empregados da Caixa possam ser avaliados da forma mais justa possível, de maneira a evitar favorecimentos indevidos. Os valores relativos a 2011 serão pagos ainda em março, retroativos a janeiro.

Para este ano, a Caixa resolveu mudar alguns critérios e propôs mudanças nas formas de avaliação. A Contraf-CUT não concordou com as mudanças, acreditando que os trabalhadores da Caixa poderão ser prejudicados. Ratificou a posição pela manutenção da maioria dos critérios adotados nos outros anos. O entendimento da Comissão é de que os critérios objetivos e subjetivos já aplicados tiveram boa aceitação entre os bancários e, por isso, devem ser mantidos com poucas adaptações.

Entre as mudanças propostas, por exemplo, a Caixa pediu pela retirada do exame do PCMSO. A Contraf-CUT defendeu a permanência do exame entre os critérios objetivos, junto à Trilha Fundamental da Universidade Caixa e à frequência. “Alterações drásticas, por exemplo, nos cursos da Universidade Caixa, podem impedir que os empregados consigam alcançar um bom resultado na avaliação, principalmente os lotados em agências, onde quase todo expediente fica voltado para o atendimento ao público externo”, enfatizou Wandeir Severo, diretor do Sindicato.

Outro retrocesso desejado pela empresa  é a inversão dos pesos conferidos aos critérios de avaliação. A Caixa quer que os critérios subjetivos passem a pesar 60% e os objetivos 40%. Para Antônio Fermino, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Curitiba e representante na comissão, “Há algumas ponderações das quais a categoria não abrirá mão de discutir. “Não aceitamos certos critérios propostos pela Caixa”, afirmou, firmemente. Wandeir manteve o tom: “Não podemos e não iremos aceitar que a Caixa proponha mudanças nos critérios da avaliação sem apresentar o embasamento teórico-prático para tal e muito menos que ela os vincule a qualquer tipo de cobrança por metas”.

A Caixa recebeu as contra-propostas e se comprometeu a encaminhar à comissão a bibliografia e os normativos que motivaram as mudanças, para posterior retomada das discussões.

 

Diego Ponce de Leon
Colaboração para o Seeb Brasília