Contraf/CUT cobra do HSBC esclarecimentos sobre lucro e não pagamento do PPR

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A Contraf/CUT e sindicatos filiados enviaram ofício à direção do HSBC cobrando explicações acerca do não pagamento do programa próprio de remuneração (PPR/PSV) e sobre dados do lucro de R$ 673 milhões registrado pelo banco em 2009 no Brasil.

A primeira reunião ocorreu no último dia 12, mas como o tema requeria explicações técnicas, foi acordada uma nova reunião, que será confirmada para os próximos dias, com responsáveis pela área de contabilidade do banco. Os bancários farão uma série de questionamentos ao banco, tanto em relação ao balanço de 2009 como acerca do não pagamento do PPR/PSV:

•    O banco apresentou lucro líquido de R$ 673 milhões no Brasil, e ter um lucro líquido era a condição para pagamento dos programas PPR/PSV. Por que não o fez ?
•     O banco pagou alguma coisa a algum funcionário a título de remuneração variável em 2009?
•     Por que provisionou R$ 309 milhões a título de pagamento de PLR/PPR e utilizou apenas cerca de R$ 105 milhões com os bancários? Como foi distribuído o restante?
•     O contrato tem como teto para o pagamento aos modelos A, B e C, 15% do lucro bruto, antes dos impostos (PBT), que significa mais de R$ 150 milhões. Com isso os bancários não teriam direito a receber mais algum pagamento?
•    Por que o banco distribuiu o triplo aos acionistas na forma de dividendos e juros sobre capital próprio em 2009 (cerca de R$ 930 milhões), se o lucro foi a metade do ano anterior (cerca de R$ 300 milhões)?
•     Por que o volume de Provisionamento para Devedores Duvidosos está tão superior ao volume de crédito efetivamente concedido?
•    Qual o montante pago a título de bônus aos executivos do banco?

Após esses esclarecimentos, os sindicatos definirão os próximos encaminhamentos, mas um já foi comunicado à direção do HSBC: queremos uma negociação efetiva sobre esses programas e o fim do método da Comissão de Representação Interna para que sejam garantidas melhor remuneração, melhores condições para o cumprimento dos programas e o combate ao assédio moral, por conta da cobrança das metas.

O banco pagou a regra básica da PLR da Convenção Coletiva dos Bancários, sendo 90% do salários mais R$ 1.024 (descontando o pagamento da 1ª parcela)  e R$ 658, referentes aos  2% do lucro líquido linear, totalizando os 15% de distribuição previstos na CCT, uma vitória dos trabalhadores.