Contra terceirização e compensação de horas da Copa, bancários do Santander fazem Dia Nacional de Luta

0

A seleção brasileira garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Mundo nesta segunda-feira (5), mas o Santander não quer que bancários e bancárias participem desta festa do futebol mundial. Contra a decisão de compensar as horas usadas para acompanhar os jogos do Brasil na competição, os trabalhadores organizaram nesta terça-feira (6) um Dia Nacional de Luta em protesto. Além das atividades de rua, os trabalhadores organizaram ações nas redes sociais com #SantanderJogaContra.

Contrariando o desejo dos trabalhadores, expresso pelo movimento sindical em mesa de negociação, e a decisão dos demais bancos, o Santander joga contra ao confirmar que as horas não trabalhadas durante os jogos deverão ser compensadas. O absurdo também avança sobre o fato de que as agências, por exemplo, ficam fechadas durante as partidas do Brasil.

“O banco priva seus funcionários de torcer pela seleção e vai contra a cultura do futebol no nosso país. O Santander deveria liberar os bancários para acompanhar os jogos. A atividade conta com a participação e o apoio dos bancários do Santander, e nossa reivindicação é endossada por colegas de outros bancos”, conta José Anilton, funcionário do Santander e diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

Eliza Espindola é diretora da Fetec-CUT/CN e conta que “este é um movimento nacional dos bancários e bancárias do Santander contra essa cobrança das horas dos jogos do Brasil. Aqui no DF, a atividade se concentrou nas Asas Sul e Norte”.

Além da questionável jornada flexível, que parece ser flexível apenas quando beneficia o banco espanhol, os trabalhadores denunciam também demissões em massa e a terceirização desenfreada protagonizadas pelo Santander. As práticas, em suma, são ataques contumazes aos direitos trabalhistas de bancários e bancárias.



Joanna Alves
Do Seeb Brasília