Conferência Nacional dos Bancários começa nesta sexta (2), precedida pelos congressos do BB e da Caixa

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Bancários de todo o país estão se mobilizando para a 21ª Conferência Nacional dos Bancários, promovida pela Contraf-CUT, que será realizada nos dias 2, 3 e 4 de agosto, em São Paulo, na qual serão discutidas as estratégias de luta da categoria.

Nesta edição, além da conjuntura e da estratégia de enfrentamento dos retrocessos, serão debatidos os desafios da categoria bancária frente às mudanças no mundo do trabalho e no setor financeiro, com a implantação de novas tecnologias.

A participação dos trabalhadores na Conferência Nacional é fundamental para organizar a luta dos bancários e garantir os seus direitos, duramente conquistados, uma vez que a atual conjuntura é de resistência, e o momento exige reflexão e sabedoria.

Congresso Nacional do BB vai debater ações em defesa do banco

Os dias 1º e 2 de agosto serão de discussões no 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) para debater cláusulas sociais dos trabalhadores a serem negociadas com a direção do banco público. O evento, que precede a Conferência, também será realizado em São Paulo e terá como mote “Defender o banco é defender o Brasil”.

No atual cenário de ataques, o evento é ferramenta essencial para debater ações articuladas para a defesa do BB e enfrentar as medidas do governo que visam enfraquecer a empresa.

As discussões vão girar em torno do fechamento de agências, corte nos postos de trabalho, descomissionamentos arbitrários e manutenção da luta contra a resolução 23 da CGPAR. Além disso, os funcionários do BB irão debater, durante os dois dias de evento, ações para defender a Cassi, principalmente depois de anunciada a intervenção fiscal da ANS, e contra as ameaças aos fundos de pensão.

Empregados da Caixa se reúnem no 35º Conecef

Com o slogan “Não ao retrocesso”, o 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) será realizado nos dias 1º e 2 de agosto, em São Paulo. Os debates serão direcionados para a importância de se intensificar a mobilização em defesa da Caixa 100% pública e contra a retirada de direitos, uma vez que o momento é de resistência aos ataques contra o banco e seus empregados.

No primeiro dia do evento, que vai reunir um total de 328 delegados, entre empregados da ativa e aposentados, serão realizados painéis sobre Saúde e Previdência, Resistência ao Desmonte e Defesa da Caixa e do que é Público. No segundo dia, haverá apresentação das teses e plenária geral.

“Os congressos dos funcionários BB, da Caixa e a Conferência Nacional dos Bancários são espaços onde as contribuições dos estados – construídas a partir da percepção das demandas dos trabalhadores e do entendimento da conjuntura de ataques aos direitos e à própria manutenção das estatais -, são apreciadas, sistematizadas, aprovadas e transformadas no plano de lutas para o período”, explica o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

A delegação de Brasília, composta por dirigentes e bancários de base,
irão levar as contribuições construídas no último Congresso Distrital, realizado nos dias 5 e 6 de julho, que priorizou três grandes eixos de atuação:

• Ampliar a participação no Comitê em Defesa dos Bancos Públicos, numa articulação ampla entre as entidades representativas dos trabalhadores dessas instituições, de modo a fortalecê-las.
• Articular a construção de um encontro nacional com o objetivo de encontrar saídas que garantam a defesa da Cassi, do Saúde Caixa e do plano de saúde dos aposentados do Itaú. Além disso, encaminhar a realização, em âmbito local, de plenárias e encontros para a defesa dos planos de saúde dos bancários de todos os bancos, aposentados e da ativa.
• Promover campanhas voltadas para a população dando publicidade ao posicionamento dos parlamentares acerca da reforma da Previdência, partindo da campanha da CUT “Na Pressão”, que vem sendo mantida ativa pela CUT Brasília, que acompanha todas as ações parlamentares, principalmente aquelas que são contra os interesses da sociedade e dos trabalhadores.
• Intensificar as ações contra as reestruturações nos bancos públicos, que, ao mesmo tempo que impactam diretamente no encarreiramento dos bancários, minam a função pública dessas instituições, como parte de um desmonte deliberado com vistas à privatização.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília