Conferência nacional começa com polêmica sobre remuneração

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A 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro começou nesta sexta-feira 27, em São Paulo,

com três encontros temáticos simultâneos que discutiram a remuneração da categoria, saúde e condições de trabalho.

A 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro começou nesta sexta-feira 27, em São Paulo, com três encontros temáticos simultâneos que discutiram a remuneração da categoria, saúde e condições de trabalho e construção da organização dos trabalhadores pelo ramo financeiro, de forma a incluir cerca de um milhão de profissionais que hoje exercem atividades financeiras mas não têm os mesmos salários e direitos dos bancários.

As discussões foram o ponto de partida para a formulação da pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano, que será definida na plenária da Conferência, domingo.

O tema que gerou mais polêmica nesta sexta-feira foi o da remuneração, aberto com uma apresentação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos) sobre o sistema financeiro. As discussões foram aprofundadas, mas não houve votação de nenhum item. Todas as propostas serão levadas para a decisão da plenária de domingo: aumento real de salário, índice de reajuste, Plano de Cargos e Salários (PCS), Plano de Cargos Comissionados (PCC), piso salarial, PLR.

A principal polêmica ocorreu em razão do surgimento de uma proposta sobre remuneração variável, inédita em relação às conferências passadas. A proposta tem duas vertentes:

  • Remuneração complementar sobre receita de produtos, só para as agências: 10% do total das vendas de produtos financeiros realizadas em cada unidade seriam distribuídos de forma linear pelos bancários da agência, creditados mensalmente como verba salarial, devendo portanto incidir sobre FGTS, 13º, férias e descontos previdenciários.
  • Remuneração completar sobre receita de prestação de serviços, para todos os bancários: 5% da arrecadação com prestação de serviços seriam distribuídos, trimestralmente, de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive os afastados por licença-saúde.

Fotos: Augusto Coelho