Comissão do Senado aprova fim da multa de 10% do FGTS

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A presença da Fiesp à frente do processo de impeachment tem alavancado uma avalanche de propostas que buscam reduzir ao máximo os benefícios do trabalhador. Depois de discutirem o fim da carteira de trabalho, décimo terceiro salário e a extensão da atividade terceirizada, agora uma comissão do Senado acaba de aprovar o fim do pagamento de FGTS para o empregado demitido sem justa causa. Não por acaso, a proposta partiu do senador tucano, Cassio Cunha Lima, um representante da entidade paulista no Senado Federal. Vai vendo!!!Saiba mais.

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou o projeto (PLS 550/15) que extingue o pagamento, por parte do empregador, da contribuição social de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no caso de demissão de funcionário sem justa causa. Com essa aprovação, o projeto está pronto para ir a votação no plenário do Senado, mas ainda sem data prevista.

Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), autor da proposta, a contribuição social foi criada como forma de corrigir o FGTS em função de perdas geradas pelos planos Verão e Collor I, porém essa necessidade não existe mais.

A correção, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi estimada em cerca de R$ 42 bilhões. À época, a intenção do Supremo era garantir que o fundo cumprisse a função de operar políticas sociais. Segundo Cunha Lima, a recomposição foi alcançada em 2012, por isso “inexistem motivos para que essa contribuição se perpetue”. O senador tucano lembrou que o Congresso Nacional já aprovou uma proposta do então senador Renato Casagrande, que acabava com a contribuição social (PLS 198/2007), mas o texto foi vetado pela presidenta Dilma Rousseff.

A senadora Ana Amélia (PP-RS), relatora do texto, explicou que a proposta não mexe com o bolso do trabalhador, mas dá um alívio aos empresários.”Recomposto o patrimônio do FGTS, não há motivo que justifique a manutenção da contribuição em foco, que só aumenta o custo da mão de obra no país”, disse.(ABr),

Fontes: Conexão e Diário do Poder